Maior hospital de Gaza em ruínas após raide israelita

Tropas israelitas retiraram-se do Hospital de al-Shifa deixando para trás um cenário de devastação.

02 de abril de 2024 às 01:30
Maior hospital de Gaza em ruínas após raide israelita
Maior hospital de Gaza em ruínas após raide israelita
Maior hospital de Gaza em ruínas após raide israelita
Imagem 50919643.jpg (20854661) (Milenium) Foto: Dawoud AbuAlkas/REUTERS
Mohammad Reza Zahedi Foto: Firas Makdesi/REUTERS

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As tropas israelitas retiraram-se esta segunda-feira do Hospital de al-Shifa após uma incursão de duas semanas, deixando para trás um verdadeiro cenário de horror, com edifícios médicos incendiados e esventrados por bombardeamentos e corpos espalhados pelos escombros. “O Hospital de al-Shifa já não existe”, disse uma testemunha à Reuters, por entre lágrimas.

As primeiras imagens mostram edifícios completamente arrasados, outros queimados e com marcas de explosões. Cadáveres envoltos em lençóis foram retirados dos escombros por voluntários, incluindo pelo menos duas pessoas algemadas que terão sido executadas à queima-roupa. Os pátios e parques de estacionamento do complexo, onde centenas de civis tinham erguido tendas e outros abrigos improvisados, foram completamente esventrados por escavadoras, aparentemente em busca de corpos de reféns que ali teriam sido enterrados.

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Durante duas semanas, o hospital foi palco de violentos combates, que não pouparam os principais edifícios do complexo, incluindo enfermarias e salas de operações. Israel culpou o Hamas e a Jihad Islâmica, alegando que estavam a usar o hospital como base, e garante ter eliminado mais de 200 terroristas e detido mais de 900 suspeitos durante a operação, para além de ter apreendido grandes quantidades de armas, munições e documentos. O Hamas diz que mais de 400 pessoas foram mortas durante a incursão, incluindo médicos.

Israel ataca consulado iraniano na Síria

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O consulado iraniano na Síria foi esta segunda-feira atingido por vários mísseis num aparente ataque aéreo israelita, numa perigosa escalada que ameaça alastrar o conflito a todo o Médio Oriente. Pelo menos oito pessoas morreram no ataque, incluindo o brigadeiro-general Mohammad Reza Zahedi, um importante comandante dos Guardas da Revolução do Irão e responsável pelas operações do grupo na Síria e no Líbano.

Israel recusou comentar o ataque, que o Ministério da Defesa sírio diz ter sido levado a cabo por caças israelitas vindos da direção dos montes Golã. O edifício do consulado iraniano, adjacente à embaixada, ficou completamente destruído. O embaixador iraniano na Síria prometeu que a resposta do regime de Teerão será “muito dura”, fazendo temer uma preocupante escalada. Desde o início da guerra em Gaza, Israel atacou dezenas de alvos iranianos na Síria e no Líbano, mas este é o primeiro ataque direto contra uma representação diplomática do Irão.

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