Maioria dos 13 militares norte-americanos que morreram no ataque em Cabul tinha menos de 23 anos
Entre os 13 americanos mortos no ataque no aeroporto de Cabul estavam 11 fuzileiros, um médico da Marinha e um militar do exército.
A maioria dos 13 norte-americanos mortos durante a explosão desta quinta-feira no aeroporto de Cabul, o incidente mais letal para as tropas dos EUA no Afeganistão numa década, tinha cerca de 20 anos. A lista das vítimas é fornecida pelo Pentágono que este sábado confirmou ter matado dois membros do Estado Islâmico perpetradores do atentado mortal no aeroporto de Cabul.
Entre os 13 norte-americanos estavam 11 fuzileiros, um médico da Marinha e um militar do exército. Pelo menos 18 outros militares norte-americanos ficaram feridos e 169 afegãos morreram no ataque.
Oficiais britânicos deram ainda conta da morte de dois civis e uma criança mortos no ataque.
Conheça as 13 vítimas do ataque: Rylee McCollum, 20 anos
"Ele toda a vida quis ser ser fuzileiro naval e carregava o seu rifle em suas fraldas e botas de cowboy", disse a irmã de McCollum ao Star-Tribune. "Estava determinado a estar na infantaria... Rylee queria ser professor de história e treinador de luta livre quando terminasse de servir o seu país. Ele era um menino forte, gentil e amoroso que causou impacto em todos que conheceu. As sua piadas e sagacidade trouxeram tanta alegria", descreve Roice McCollum.Jared Schmitz, 20 anosEra fuzileiro naval da área de St. Louis e tinha também 20 anos. O seu pai, Mark Schmitz, afirma à estação de rádio KMOX que a sua morte "foi absolutamente devastadora".
Schmitz disse à estação que o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA veio a sua casa para dar "as notícias horríveis" por volta das 2h40 de sexta-feira.
David Espinoza, 20 anos
Espinoza nasceu em Laredo, mas cresceu no Rio Bravo, no Texas.
Max Soviak, 22 anos
"Max era um bom aluno, ativo nos desportos e em outras atividades ao longo de sua carreira escolar. Ele era muito respeitado e querido por todos que o conheciam. Max era cheio de vida em tudo o que fazia", disse o superintendente Thomas Roth em comunicado.
No secundário, Soviak era membro da equipa de futebol, de wrestling, de ténis, de atletismo e banda, disse Roth ao USA TODAY. Antes de ingressar na Marinha, ele trabalhou como salva-vidas e como técnico de manutenção.
Hunter Lopez, 22 anos
"Estamos com o coração partido ao ouvir esta triste notícia sobre Hunter, que escolheu seguir uma vida de serviço, abnegação, coragem e sacrifício, como seus pais", dizia o comunicado à imprensa.
Lopez planeava ingressar no departamento do xerife quando retornasse do destacamento, seguindo as pisadas dos pais.
Kareem Nikoui, 20 anos
Nikoui, de 20 anos, era natural da Califórnia. Graduou-se em 2019 e depois tornou-se fuzileiro naval. O pai revoltou-se contra Biden após a morte do filho.
"Eu culpo os meus próprios líderes militares... Biden virou-lhe costas. É isso", disse.
Em um comunicado, o JROTC da Força Aérea da Escola Secundária de Norco, onde o jovem se formou, disse que Nikoui foi "um dos melhores" de seus graduados em 2019.
"Kareem estava decidido a ser um fuzileiro naval e sempre quis servir seu país. Kareem fez o maior sacrifício pelo seu país e sua memória viverá para sempre", disse o JROTC em um comunicado.
Taylor Hoover, 31 anos
Taylor Hoover, de 31 anos, fazia parte do Departamento de Defesa. Pela família é recordado como um herói que viveu para servir.
"Ele deu sua vida a proteger aqueles que não podem proteger-se, fazendo o que amava: servir o seu país", disse o pai, Darin Hoover.
Taylor Hoover serviu a Marinha por 11 anos. O pai relata que ele era o melhor amigo das duas irmãs e deixou uma namorada na Califórnia. Descreveu o filho como alguém que "iluminava uma sala".
Darin Hoover disse que outros fuzileiros navais que trabalharam com o filho entraram em contato com ele para dizer o quanto aprenderam com ele. "Um grande líder", disse Darin Hoover.
Daegan William-Tyeler Page, 23 anos
"Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA após se formar na Escola Secundária Millard South. Ele amava a irmandade dos fuzileiros navais e tinha orgulho de servir como membro do 2.º Batalhão, 1.º Regimento de Fuzileiros Navais na Base do Corpo de Fuzileiros Navais em Camp Pendleton, Califórnia", disse a família numa declaração.
"A namorada de Daegan, Jessica, a mãe, o pai, a madrasta, o padrasto, quatro irmãos e avós estão todos de luto pela perda de um grande filho, neto e irmão. Daegan foi criado em Red Oak, Iowa e era um membro antigo dos escoteiros. Ele gostava de jogar hóquei no Omaha Westside no Omaha Hockey Club e era um fã ferrenho do Chicago Blackhawks. Ele adorava caçar e passar o tempo ao ar livre com o pai, além de estar na água. Ele também era um amante dos animais com uma queda por cães", descreve o comunicado.
Ryan Knauss, 23 anos
Knauss era sargento do Estado-Maior do Exército dos EUA, tinha 23 anos, e a sua morte foi uma surpresa para a família.
"Fomos levados a pensar que eram 12 fuzileiros navais e um da marinha, e sabíamos que nosso neto estava no Exército", disse a avó Evelena Knauss ao Daily Beast.
"Rezávamos pelas famílias dos fuzileiros navais, sem saber que o nosso neto era um dos que perdeu a vida", conta.
Knauss já havia servido um destacamento de nove meses no Afeganistão. Cresceu no Tennessee e ingressou no Exército depois de se formar na em Corryton, perto de Knoxville.
Numa declaração, o senador americano Bill Hagerty do Tennessee descreveu Knauss como um "homem valente, honrado e heróico - um voluntário do Tennessee - que, com coração de servo, deu tudo de si mesmo aos 23 anos de idade pelo seu estado e pelo país que amava ternamente".
Humberto Sanchez, 20 anos
"Ele corajosamente respondeu à chamada para servir a sua nação, e estou orgulhoso do seu serviço e profundamente triste por sua perda", escreveu Baird no post no Facebook. "Que nunca esqueçamos o nome do cabo Sanchez e do seu heroísmo a uma nação agradecida", acrescentou.
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