Mais de 123 mil eleitores escolhem próximo Presidente de São Tomé e Príncipe
Às eleições deste domingo concorreram um número inédito de candidatos (19).
Um total de 123.301 eleitores são chamados este domingo às urnas em São Tomé e Príncipe para escolher o próximo presidente da República, numas eleições a que concorreram um recorde de 19 candidatos.
Estarão disponíveis 304 mesas, das quais 262 na ilha de São Tomé e na Região Autónoma do Príncipe, que abrem às 07h00 locais (08h00 em Lisboa) e encerram às 17h00 (18h00 em Lisboa).
Na diáspora, onde estão registados um total de 14.692 eleitores, haverá 42 mesas. Portugal contará com o maior número de mesas (15), sendo o país com a maior comunidade recenseada (7.378 eleitores).
Às eleições deste domingo concorreram um número inédito de candidatos (19), mas o Presidente cessante, Evaristo Carvalho, não se candidatou a um segundo mandato, justificando que pretende dar a vez aos mais jovens.
O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) apoiou oficialmente a candidatura de Guilherme Posser da Costa, mas outros cinco militantes do partido no poder avançaram como independentes.
Pelo maior partido da oposição, Ação Democrática Independente, o candidato apoiado é Carlos Vila Nova, um antigo ministro do Governo de Patrice Trovoada (2014-2018), mas outros dois antigos governantes do mesmo partido apresentaram-se também à corrida eleitoral.
O presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, também avançou, com o apoio do Partido Convergência Democrática, outra formação que integra a 'nova maioria' -- juntamente com MLSTP e UDD/MDFM -, que suporta o Governo de Jorge Bom Jesus no parlamento.
Durante a campanha, a Comissão Eleitoral Nacional proibiu a realização de comícios e impôs a obrigatoriedade de distanciamento social e uso de máscaras nas 'passeatas' (caminhadas a pé dos candidatos, seguidos por apoiantes), para evitar a propagação da covid-19.
No entanto, estes cuidados nem sempre se verificaram, o que já foi lamentado pelo presidente da Comissão Eleitoral Nacional.
No dia da votação, a comissão eleitoral apela à população para que cumpra as regras sanitárias nos locais de voto.
Por outro lado, o chefe de Estado cessante advertiu contra a prática do chamado 'banho', de compra de votos em troca de dinheiro, uma prática que considerou "imoral e indecorosa".
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