Mataram o amigo de Donald Trump

Odiado por uns, amado por outros, Charlie Kirk era mais do que um influencer de extrema-direita, que o amigo Donald Trump quis levar para a sua administração. Co-fundador e CEO da Turning Point USA, organização estudantil sem fins lucrativos que promove os valores conservadores em escolas e universidades, o homem assassinado a tiro em Utah era uma verdadeira celebridade, um ícone político, um fenómeno nas redes sociais. Tinha 7,3 milhões de seguidores no TikTok, 7 milhões no Instagram, 5 milhões no X e 3,5 milhões no YouTube. Tinha um programa diário de rádio, o “The Charlie Kirk Show”, era ouvido diariamente por centenas de milhares de pessoas. Autor de cinco livros e foi considerado uma peça fundamental na mobilização de jovens para a segunda eleição de Donald Trump, sendo ainda uma peça - chave na escolha de J.D. Vance para a vice-presidência.

Quarta-feira, numa universidade de Utah, falava para milhares de pessoas, como habitualmente, respondendo a todas as perguntas, mesmo as mais provocatórias, sempre de forma empática e assertiva, quando uma bala o atingiu na zona do pescoço. Um fio de sangue escorreu-lhe de imediato pelo pescoço, deixando antevir um desfecho trágico. O autor do disparo, provavelmente efetuado a partir de um telhado, está a monte. O FBI já montou uma verdadeira caça ao homem. Kirk, natural e Illinois, era casado e pai de dois filhos. Tinha 31 anos. A América está em estado de choque. 

“Momento negro”

“Um momento negro para a América”, é desta forma que Donald Trump se referiu, na sala oval da Casa Branca, a Kirk, atribuindo o atentado de que foi vítima à “esquerda radica”.

Espingarda

O FBI revelou que terá recuperado a arma usada pelo atirador, uma “espingarda de grande potência”. As autoridades admitem que se trata de um jovem que corre por um telhado.