Matou duas mulheres brutalmente e esteve em fuga por quase cinco décadas. 'Caso Easey Street" finalmente solucionado
Suspeito de matar Susan Bartlett e Suzanne Armstrong, na Austrália, na década de 70, foi detido em Itália esta semana.
O crime remonta à década de 70 e esteve sem culpados por quase 50 anos. Suzanne Armstrong e Susan Bartlett, de 27 e 28 anos, foram encontradas mortas, com múltiplos cortes, a 13 de janeiro de 1977 numa casa alugada em Easey Street, Collingwood, na Austrália. Devido à ausência de evidências, não foi possível encontrar o assassino e o caso acabou por ser arquivado. Agora, 47 anos depois, o principal suspeito foi localizado. Não na Austrália, mas em Itália.
Segundo The Guardian, o suspeito tem dupla nacionalidade greco-australiana e foi detido num aeroporto de Roma na quinta-feira à noite.
A polícia de Victoria vai pedir uma ordem de extradição para o seu regresso a Melbourne.
"Durante mais de 47 anos foi feito um enorme trabalho por muitas pessoas para nos levar à posição em que nos encontramos hoje", disse Shane Patton, um dos investigadores envolvidos no caso.
O caso Easey Street
Aquando do crime, a investigação não levou a conclusões concretas e o 'caso Easey Street', como ficou conhecido, foi um dos vários que acabou por ficar arquivado.
Passado 40 anos, em 2017, foi oferecida uma recompensa de 1 milhão de dólares (cerca de 895 mil euros) a quem tivesse novas informações sobre o duplo homicídio, mas as autoridades não conseguiram deter nenhum suspeito.
Porém, a investigação continuou, com o passar dos anos, a polícia conseguiu chegar a novas evidências que levaram à detenção do homem.
suspeito não pode ser acusado na Grécia, uma vez que o crime já prescreveu.
Para contornar essa hipótese, foi emitido um aviso vermelho da Interpol e as autoridades italianas identificaram-no no Aeroporto Leonardo Da Vinci, em Roma.
Shane Patton considerou a detenção "um avanço importante" para a investigação que permanece aberta. E
xplicou ainda que o prazo para a extradição depende das autoridades italianas, mas que acredita que não ultrapassará os 30 dias. Durante esse período, as autoridades australianas vão apresentar as provas que
justifiquem a extradição.
Patton também reconheceu "a resistência duradoura das famílias Armstrong e Bartlett, que estão de luto há mais de quatro décadas e, sem dúvida, este será um momento muito emotivo para elas".
"Para duas famílias pacatas do interior de Victoria, foi sempre impossível compreender a forma desnecessária e violenta como Suzanne e Susan morreram. A gravidade das circunstâncias que rodearam as suas mortes mudou as nossas vidas de forma irrevogável", lê-se num comunicado partilhado no sábado à tarde pelos familiares.
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