MDM defende criação de tribunal de contas em Moçambique

Simango defende a criação de um tribunal semelhante ao que existe noutros países para fiscalização da despesa pública.

09 de março de 2023 às 00:20
Lutero Simango Foto: Facebook
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O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), partido da oposição, defendeu esta quarta-feira a criação de um tribunal de contas no país, como forma de combater a corrupção.

"Vamos insistir junto das autoridades governamentais para que se crie, com muita urgência, um tribunal de contas", referiu Lutero Simango, no discurso de abertura de uma reunião da Comissão Política Nacional, na cidade da Beira.

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Simango defende a criação de um tribunal semelhante ao que existe noutros países para fiscalização da despesa pública como mais uma ferramenta para combater a "corrupção generalizada" no país.

"Não se pode combater a corrupção só com discursos, o combate faz-se com ações concretas e uma dessas ações é criar o tribunal de contas", porque a ação do Tribunal Administrativo não basta, salientou.

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Além do foco na corrupção, Simango lamentou os casos de rapto de empresários e familiares, que continuam a semear medo na sociedade e a inibir investimentos em Moçambique, sublinhou.

Ao nível político, o líder da MDM denunciou situações de intolerância política contra os seus militantes, responsabilizando dirigentes locais da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), num cenário recorrente, sobretudo em ciclos eleitorais.

"Nestes últimos três dias, os nossos membros têm sido vítimas de perseguição durante atividades do partido, protagonizada pelo partido Frelimo, em Tete e Manica", outras duas províncias do centro do país, referiu Lutero Simango, sem especificar, apelando a que este tipo de casos seja denunciado à polícia.

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O encontro de três dias do MDM visa discutir a situação interna do partido tendo em vista as eleições autárquicas de outubro -- sendo que o partido lidera um único município, o da Beira, capital provincial de Sofala e um dos principais polos urbanos do país.

Na reunião, o terceiro partido com representação parlamentar em Moçambique deverá deliberar sobre a estratégia de campanha e reforçar o gabinete central de eleições.

"O povo moçambicano está a precisar de alternância democrática e nós, como MDM, estamos prontos para assumir essa responsabilidade", concluiu.

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Moçambique entra este ano num novo ciclo eleitoral: para outubro estão marcadas as autárquicas e em 2024 realizam-se as eleições gerais (presidenciais, legislativas e provinciais, estando em aberto a realização das primeiras eleições distritais).

 

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