Menina morre à sede por falta de assistência após atravessar fronteira

Uma menina da Guatemala morreu à sede no último sábado, dia 8 de dezembro, depois de ser detida por uma guarda fronteiriça dos EUA, quando tentava atravessar de forma ilegal a fronteira, acompanhada pelo pai, Nery Gilberto Caal Cruz, de 29 anos.

Segundo avança o jornal El País, Jakelin Ameí Rosmery Caal Maquin tinha sete anos e só terá sido assistida pela guarda fronteiriça 90 minutos após os primeiros sinais de que a criança não estaria bem de saúde.

O pai da menina terá alertado as autoridades, segundo avança a NBC, que a filha estava a vomitar, com 40,9º de febre e dificuldades respiratórias, sendo apenas assistida pelos médicos, uma vez que não haviam profissionais de saúde nas zonas mais remotas.

A criança teve de ser transportada para El Paso, a cidade mais próxima (a cerca de 250 quilómetros), onde foi diagnosticada com uma inflamação cerebral e falência hepática, acabando por morrer na madrugada desse sábado, com uma septicemia e desidratação.

Segundo relataram as autoridades, a menina estava há vários dias sem comer nem beber.

Jakelin integrava um grupo de 163 de migrantes e o caso, quando veio a público, levou à indignação por parte de várias entidades, inclusive a ONG No More Deaths, que acusa o governo dos EUA pelo sucedido.