Milhares no funeral de padre degolado
Duas mil pessoas lotaram a Catedral de Ruão. Veja as imagens.
Milhares de pessoas acorreram esta terça-feira à Catedral de Ruão, na Normandia, norte de França, para acompanhar as cerimónias fúnebres do padre Jacques Hamel, assassinado e degolado por dois extremistas islâmicos quando celebrava missa na semana passada.
Fortes medidas de segurança foram tomadas durante a cerimónia, conduzida pelo arcebispo da cidade, Dominique Lebrun, e que contou com a presença do ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, e de líderes religiosos muçulmanos. Além das duas mil pessoas que lotaram o interior da catedral, no exterior uma multidão seguiu a cerimónia através de um ecrã gigante.
A emoção subiu de tom quando Roselyne Hamel, irmã mais velha do padre católico de 85 anos, o descreveu como " irmão de todos" e lembrou que durante a guerra franco-argelina recusara o cargo de oficial para não ter de "ordenar a homens que matassem outros homens".
Conhecido pelo diálogo ecuménico, Hamel celebrava missa quando dois jovens de 19 anos, que juraram fidelidade ao Daesh, invadiram a igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray. Os atacantes fizeram seis reféns, obrigaram o padre a ajoelhar-se e cortaram a sua garganta, esfaqueando de seguida um idoso. Foram mortos ao sair da igreja. Ontem, o arcebispo de Ruão elogiou a lealdade do clérigo assassinado, pediu paz e tolerância para todos e que o terror "nunca se repita". O corpo do padre Hamel foi enterrado num funeral privado.
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