Militares brasileiros reforçam segurança na fronteira com a Venezuela

Populares atacaram imigrantes venezuelanos. Centenas fogem com medo da violência.

Militares reforçam segurança na fronteira entre Brasil e Venezuela Foto: Reuters/ Nacho Doce
O presidente do Brasil, Michel Temer Foto: Reuters
O presidente do Brasil, Michel Temer Foto: Reuters
Nicolás Maduro Foto: Reuters
Presidente Nicolás Maduro Foto: Getty Images

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O presidente brasileiro Michel Temer anunciou esta segunda-feira o envio de reforços militares para o estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, depois dos violentos confrontos entre populares brasileiros e imigrantes venezuelanos que fogem da fome e da ditadura de Nicolás Maduro.

No fim de semana, após um assalto a um comerciante brasileiro atribuído a refugiados venezuelanos, dezenas de moradores atacaram e incendiaram os dois maiores campos de refugiados de Pacaraima, a cidade mais perto da fronteira com a Venezuela e por onde têm entrado milhares de famílias que fogem da crise e violência no país vizinho.

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Mais de 1200 venezuelanos que tinham procurado refúgio no Brasil fugiram apavorados para a cidade de Santa Helena, já na Venezuela, onde hostilizaram brasileiros e vandalizaram carros com matrícula do Brasil.

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FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Uma barra de sabão custa 3,500,000 bolívares
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Uma quilo de queijo custa 7,500,000 bolívares
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Uma quilo de arroz custa 2,500,000 bolívares
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Uma quilo de massa custa 2,500,000 bolívares
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Um frango com 2,4 quilos custa 14,600,000 bolívares
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Um pacote de fraldas custa 8,000,000 bolívares
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Um pacote de pensos higiénicos custa 3,500,000 bolívares
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Quinhentas gramas de margarina custam 3,000,000 bolívares
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Um rolo de papel higiénico custa 2,600,000 bolívares
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Um quilo de tomates custa 5,000,000 bolívares
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Um quilo de carne custa 9,500,000 bolívares
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Esta segunda-feira, o clima em Pacaraima era mais calmo, mas a tensão entre brasileiros e venezuelanos continuava.

Nos últimos meses, várias casas que alojam refugiados da Venezuela foram atacadas e incendiadas por brasileiros, e outros refugiados foram atacados e insultados nas praças e ruas onde se aglomeram por falta de vagas nos abrigos.

Os brasileiros queixam-se de que o elevado número de refugiados lota os serviços de saúde e tira os poucos empregos que existem.

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A governadora do estado, que já chegou a pedir o encerramento da fronteira, denunciou esta segunda-feira que há mais de um ano que pede em vão a ajuda do governo.

Reconversão tira cinco zeros ao bolívar        

A Venezuela tem desde esta segunda-feira duas novas moedas, o Bolívar Soberano e o Petro, numa reconversão monetária que visa aliviar a inflação galopante.

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A primeira, que substitui o atual Bolívar Forte, corta cinco zeros ao valor da anterior moeda, ao passo que a segunda é uma criptomoeda que passa a ser de uso obrigatório em todas as transações da petrolífera estatal e que equivale a 3600 Bolívares Soberanos.

Será igualmente usada como indexante para fixar o valor do salário mínimo e o preço dos produtos essenciais.

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