"Morreram pela nossa liberdade"

Lágrimas e emoção uniram ontem Paris e Jerusalém, cidades onde decorreram os funerais de sete das 17 vítimas mortais dos atentados terroristas que deixaram a França de luto. Na sede da polícia, em Paris, o presidente francês François Hollande homenageou os três agentes assassinados nos dias 7 e 8. Em Jerusalém, primeiro-ministro e presidente de Israel acompanharam os funerais dos quatro judeus mortos no dia 9 num supermercado de Paris.

Numa cerimónia marcada pela comoção, Hollande concedeu a Legião de Honra aos polícias mortos em serviço, cujos caixões foram envoltos na bandeira francesa, e frisou: "Morreram para que possamos viver em liberdade". Franck Brinsolaro e Ahmed Merabet perderam a vida no ataque ao jornal ‘Charlie Hebdo’, e Clarissa Jean-Philippe foi abatida em Montrouge. "Estamos em guerra contra o jihadismo e o terrorismo", frisou o PM Manuel Valls.

Em Jerusalém, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu lembrou que "a vida das vítimas foi ceifada pelo ódio" perante a multidão que rumou ao cemitério do Monte das Oliveiras. Seguindo a tradição judia, várias pedras foram deixadas nas sepulturas de Yohav Hattab, Philippe Braham, Yohan Cohen e François-Michel Saada, em sinal de dor.