MPLA vai a eleições em 2022 mais fragilizado do que nunca, alertam analistas

João Lourenço não tem beneficiado da luta contra a corrupção em termos de popularidade.

29 de janeiro de 2021 às 15:59
Presidente de Angola, João Lourenço Foto: Getty Images
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O analista Ricardo Soares de Oliveira considera que o MPLA vai concorrer às eleições de 2022 particularmente fragilizado, já que João Lourenço não tem beneficiado da luta contra a corrupção em termos de popularidade, mas sobretudo por que "as pessoas do eduardismo continuam a navegar no mar lourencista".

Para o especialista em política africana e autor do livro "Angola, Magnífica e Miserável", o presidente angolano e líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) "continua a ter à sua volta pessoas muito implicadas no saque pré-2017" (altura em que substituiu o anterior presidente, José Eduardo dos Santos), fragilizando o combate à corrupção.

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"João Lourenço não tem colhido muita popularidade da sua luta contra a corrupção. As pessoas têm noção de que o que está em jogo é mais uma vingança pessoal, ou política, do que uma limpeza estrutural", salientou, numa alusão aos processos judiciais contra familiares do ex-presidente, em particular a filha, Isabel dos Santos.

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