Mulher absolvida após ser acusada de ter matado colega de quarto: "Fui vista como uma psicopata"
Amanda Knox esteve presa durante quatro anos, em Itália.
Amanda Knox foi acusada de ter matado uma estudante britânica com quem dividia o quarto durante um intercâmbio escolar, em Itália. A mulher regressou ao país, onde a acusam de homicídio, para participar numa conferência sobre "Justiça e os Media".
Durante a conferência a mulher afirma que os meios de comunicação social podem ser a primeira linha de defesa contra as autoridades, mas que no seu caso os media "decidiram especular e criar histórias".
"No cenário mundial, eu não era inocente até prova em contrário. Eu era decididamente uma psicopata, suja, e uma prostituta viciada em drogas, culpada até prova em contrário. Foi uma história falsa e sem fundamento que puxou pela imaginação das pessoas", afirmou.
O caso de Amanda Knox remonta ao ano de 2007. A na altura estudante foi acusada de ter matado à facada a colega de quarto, Meredith Kercher, na cidade de Perugia, Itália, por esta se ter recusado a entrar num jogo de drogas e sexo. A norte-americana foi acusada de ter cometido o crime com a ajuda do namorado Raffaele Sollecito e de um traficante a Costa do Marfim.
Em janeiro de 2014, o Tribunal de Recurso de Florença condenou Amanda Knox a 28 anos e seis meses de prisão e Raffaele Sollecito a 25 anos de prisão.
Amanda esteve presa durante quatro anos. Em 2015, os juízes da mais alta instância judicial italiana consideraram que os ex-namorados não cometeram o crime.
Quando voltou para os Estados Unidos arranjou um emprego como repórter, mas nos últimos anos tem lutado imenso para recuperar a dignidade e a sua imagem pública. Mais tarde, Amanda tornou-se ativista contra sentenças erradas, lançou o seu próprio livro e protagonizado uma série da Netflix.
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