Navio humanitário travado em Lampedusa

ONG espanhola afirma que migrantes estão em situação precária.

17 de agosto de 2019 às 10:06
'Open Arms' espera autorização para aportar em Lampedusa Foto: REUTERS/ GUGLIELMO MANIAPE
Salvini mantém proibição de entrada de migrantes Foto: Direitos Reservados

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O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, manteve esta sexta-feira a proibição de desembarque dos migrantes resgatados pelo ‘Open Arms’, apesar da oferta de seis países europeus, entre eles Portugal, de receberem as 147 pessoas salvas há 14 dias ao largo da Líbia.

O navio da ONG espanhola Proactiva Open Arms é um de dois que esperam autorização para aportar. O ‘Ocean Viking’ tem 356 pessoas a bordo e não teve ainda resposta nem de Itália nem de Malta.

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O ‘Open Arms’ aproximou-se de Lampedusa na quinta-feira, depois de um juiz suspender um decreto de Salvini a proibir a sua entrada em águas italianas. Mas só foram para terra 13 migrantes que revelavam sintomas de trauma. "Alguns mutilavam-se e outros tinham pensamentos suicidas", afirmou o psicólogo Alessandro di Benedetto.

Salvini desmente esta versão e também a seriedade da oferta dos parceiros europeus para acolher os migrantes. "Não é claro que o façam", afirmou, dizendo que falou com os médicos que assistiram os migrantes e há só um com uma infeção num ouvido. Acusou, por isso, a ONG de "brincar com a Itália" e disse que se o navio tivesse seguido viagem já teria chegado a Espanha.*Com agências

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Bruxelas agradece a Portugal por apoio a receber migrantes

A CE saudou o facto de esses países "estarem dispostos a mostrar solidariedade", frisou que o problema dos migrantes "é responsabilidade da Europa como um todo" e garantiu que o executivo comunitário se prontifica "a dar apoio de coordenação".

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