Navio retido em porto moçambicano por suspeita de tráfico de madeira

Desflorestação em Moçambique afetou 875.453 hectares em quatro anos.

22 de agosto de 2025 às 00:26
Madeira Foto: DR
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As autoridades florestais moçambicanas interditaram hoje um navio com 111 contentores, que seguia para a China, por suspeita de contrabando de madeira proibida para exportação, no porto da Beira, na província de Sofala, centro de Moçambique.

"Há uma necessidade de reverificação. Temos suspeitas da existência, nestes contentores, de madeira em toro", disse o chefe do Departamento de Fiscalização na Agência Nacional para Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA), Arsénio Chelengo.

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O representante, que falava durante o processo de inspeção de parte dos contentores, no porto da Beira, explicou que decorre, atualmente, o processo de "confrontação" faseada dos contentores, em resposta a uma denúncia de "irregularidades" no produto da embarcação.

"Estamos a trabalhar prontamente sobre os 111 contentores que estão no navio (...). Estamos numa fase inicial, ainda tem muito mais para descarregar", afirmou Arsénio Chelengo.

A desflorestação em Moçambique afetou 875.453 hectares em quatro anos, apesar de ter recuado durante 2022, atingindo sobretudo as províncias de Niassa e da Zambézia, segundo dados estatísticos noticiados anteriormente pela Lusa.

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De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Estatística, reunindo dados de 2019 a 2022, nesse último ano a desmatação -- de vários tipos de floresta -- recuou 31% face ao ano anterior, para 209.464 hectares.

O pico da desflorestação foi registado em 2021, com 303.689 hectares, sendo 264.999 hectares de floresta semi decídua (tropical), 29.258 hectares de floresta semi sempre-verde e 99 hectares de mangal, entre outras.

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