Ofensiva em Gaza é "sentença de morte" para reféns israelitas
Famílias acusam o governo de sabotar acordo de cessar-fogo com o Hamas.
A ofensiva israelita para tomar a Cidade de Gaza representa uma "sentença de morte" para os últimos reféns ainda vivos, alertaram esta quinta-feira os familiares, que acusaram o governo de Benjamin Netanyahu de sabotar um possível acordo de cessar-fogo com o Hamas por motivos políticos.
"Existe um acordo de cessar-fogo em cima da mesa que pode salvar as vidas dos reféns e trazer de volta os mortos para serem sepultados. O Hamas aceitou este acordo, mas o gabinete do primeiro-ministro está tentar sabotá-lo, o que equivale a condenar à morte os reféns ainda vivos e os mortos ao desaparecimento", afirmou, em conferência de imprensa, a porta-voz dos familiares dos reféns, Lishay Miran Lavi, cujo marido, Omri, se encontra ainda nas mãos do Hamas. Os familiares dos reféns exigiram ainda o fim imediato da guerra, afirmando que "perdeu todo o sentido" ao fim de 22 meses e cuja continuação visa apenas "preservar o poder político", numa referência aos casos judiciais que envolvem Netanyahu.
O governo israelita prometeu responder até esta sexta-feira à mais recente proposta de cessar-fogo, mas anunciou esta semana a mobilização de 60 mil reservistas para uma operação em larga escala com o objetivo de tomar a Cidade de Gaza, onde se encontram centenas de milhares de civis palestinianos.
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