O.J. Simpson sai em liberdade condicional em outubro

O júri da Comissão do Centro de Detenção de Lovelock, no estado norte-americano de Nevada foi unânime e O.J. Simpson sai em liberdade condicional em outubro. A decisão foi tomada esta quinta-feira e deixou o detido muito satisfeito.

O ex-jogador de futebol norte-americano, de 70 anos, está preso desde 2008, quando foi condenado a 33 anos de prisão por assalto à mão armada e sequestro.

O.J. Simpson participou na audiência através de videoconferência. Durante o depoimento, que durou cerca de meia hora, o ex-atleta repetiu que nunca teve intenção de cometer os crimes e disse já ter cumprido tempo suficiente na cadeia.

"Peço desculpa pelas coisas terem acontecido desta forma. Passei nove anos sem criar justificações para nada. Quando cheguei aqui, disse ao director da prisão que não seria um problema. Acho que mantive a minha palavra", disse o detido.

Todos os quatro membros da Comissão aprovaram o pedido de liberdade condicional. O.J. Simpson pode deixar a cadeia a partir do dia 1 de outubro.

Passado turbulento

Antes de ser condenado pelo assalto, Simpson já tinha ganho notoriedade pelas piores razões. Em 1994, foi acusado pelo homicídio da ex-mulher, Nicole Brown, e de Ronald Goldman.

O ex-atleta acabou absolvido deste caso, mas o julgamento, transmitido pelos principais canais de televisão norte-americanos, em 1995, foi muito mediático e até deu origem a vários documentários, entre os quais ‘O Povo contra O.J.Simpson’ que recebeu o óscar de melhor documentário.

O passado turbulento do detido eram vistos como factores que poderiam pesar contra a tentativa de conseguir liberdade condicional, algo que não se veio a verificar.

Depoimento da vítima do assalto

De acordo com Bruce Frogmong, Simpson foi "enganado" por terceiros e pensou, erradamente, que os artigos desportivos seriam vendidos sem seu conhecimento.

"Sinto que o O.J. foi enganado. Ele nunca apontou uma arma na minha direção", garantiu Bruce na Comissão de Inquérito.