OMS alarmada com crescimento de casos de Covid-19 na Europa

A Organização Mundial da Saúde manifestou esta quinta-feira preocupação com o “aumento exponencial” de novos casos de infeção por Covid-19 na Europa, alertando que a adoção de medidas mais rigorosas para travar a propagação do vírus é “absolutamente necessária”. Com uma média de mais de 100 mil novos casos por dia, a Europa acaba de registar a maior incidência semanal de novas infeções desde o início da pandemia, com 700 mil casos.

Segundo a OMS, o número diário de novos casos é atualmente “duas a três vezes” superior ao registado no pico da pandemia, embora o número de mortes seja cinco vezes inferior. O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, exortou nesse sentido os governos a não hesitarem em aplicar já “medidas relativamente pequenas” que venham a evitar a necessidade de “medidas dolorosas como as que foram tomadas em março e abril”.

As casas e os gabinetes de vários membros do governo francês, como o ministro da saúde, Olivier Véran, e o diretor de saúde pública, Jérôme Salomon, foram alvo de buscas por parte da polícia, numa investigação que visa avaliar a forma como o governo lidou com a pandemia.

A Comissão Europeia garantiu que todos os Estados-membros vão ter acesso à vacina consoante a sua população, assim que esta estiver disponível.

Itália bate recorde diário

A Itália registou 8804 novos casos em apenas 24 horas, batendo um novo recorde de infeções reportadas num só dia desde o início da pandemia. As mortes quase que duplicaram face ao dia anterior, de 43 para 83.

A partir da meia-noite de hoje Londres passa ao nível de risco ‘alto’. Convívios sociais fora de casa estão proibidos e os bares e pubs são obrigados a fechar.

Vacina para jovens saudáveis só em 2022

A população mais jovem e em boas condições de saúde pode vir a ter que esperar até 2022 por ser vacinada contra o novo coronavírus, admitiu esta quinta-feira a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, afirmando que a prioridade, quando existir uma vacina viável, deverá ser dada aos profissionais de saúde e às pessoas com maior risco de infeção, incluindo os mais idosos.