Parto de cinco gémeos junta 23 profissionais
Brasileira de 35 anos deu à luz cinco bebés saudáveis.
Uma brasileira de 35 anos deu à luz, na segunda-feira, cinco bebés num megaparto que reuniu, só na sala de cirurgia, 23 profissionais e exigiu a criação de meios especiais para que fosse realizado com sucesso. O Hospital Sepaco revelou ao Correio da Manhã que todos os bebés nasceram saudáveis.
Num intervalo de apenas três minutos entre o primeiro nascimento e o quinto, o que obrigou a equipa médica a um esforço adicional para que os últimos bebés a nascer não fossem prejudicados, vieram ao mundo primeiro um menino e depois quatro meninas. O menino nasceu com 1,185 kg, enquanto as irmãs vieram ao mundo, pela ordem de nascimento, com 715 gramas, 625 gramas, 905 gramas e 930 gramas.
Devido à complexidade do caso, o hospital preparou uma sala especial para o parto, com 60 metros quadrados e todos os profissionais e equipamentos necessários aos primeiros cuidados aos bebés e à mãe, a vendedora Karina Bárbara Barreira. O pai, João Biagi Júnior, de 36 anos, assistiu a tudo emocionado, dividido entre a alegria de ver nascer os filhos um a um, numa sucessão que parecia não acabar nunca, e o temor de que algo pudesse acontecer a algum dos bebés, o que não ocorreu.
"Tivemos de realizar um parto rápido, com uma técnica diferente da habitual, para evitar complicações que, felizmente, não ocorreram. Foi um parto de risco, muito difícil, mas o resultado foi excelente e estão todos bem", afirmou o médico Raimundo Nunes, coordenador do Departamento de Ginecologia do Hospital Sepaco, logo após o megaparto. Neste participaram três obstetras, dois anestesiologistas e cinco pediatras. "A operação foi um sucesso e nenhuma criança precisou de ser reanimada ao nascer", acrescentou.
O parto teve que ser antecipado depois de, na semana passada, os médicos terem percebido que a menina colocada na posição do meio, a que nasceu com pouco mais de meio quilo, estava sufocada entre as outras e não recebia oxigénio e sangue na quantidade suficientes, o que poderia colocar em risco o seu futuro e até a sua vida. Os médicos esperaram até domingo, para que Karina completasse os sete meses de gestação, e, no dia seguinte, realizaram o parto.
Karina ia ser transferida a qualquer momento da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde ficou por precaução, para um quarto comum, e aí sim, ter o primeiro contacto com os seus bebés, que logo após o parto também foram colocados numa unidade especial de suporte, devido ao peso. De acordo ainda com Raimundo Nunes, os recém-nascidos não apresentam problemas de saúde, mas vão precisar de ficar na UTI até pesarem cada um 1,8 kg, o que, no caso do menino, deverá acontecer em 40 dias.
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