Pena máxima para chefe da rede 'jihadista' na Bélgica

Khalid Zerkani foi condenado a 15 anos de prisão.

14 de abril de 2016 às 20:15
Khalid Zerkani, Bélgica, Daesh, jihadistas, Síria Foto: Getty Images
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Um dos chefes da rede 'jihadista' na Bélgica, Khalid Zerkani, foi esta quinta-feira condenado a 15 anos de prisão sob a acusação de ter recrutado e enviado numerosos jovens para a Síria, incluindo os autores dos atentados de Paris.

A sentença foi decretada pelo tribunal de apelação de Bruxelas, e após este marroquino de 42 anos, ativo no bairro bruxelense de Molenbeek entre 2012 e 2014, ter apelado da condenação em primeira instância a 12 anos de prisão, em julho de 2015.

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No entanto, a jurisdição superior aplicou esta quinta-feira o arguido, que não compareceu na audiência por motivos não especificados, a pena máxima de 15 anos por ter dirigido um "grupo terrorista".

A deliberação, anunciada num palácio da justiça sob apertada vigilância, o tribunal sublinhou o "cinismo" daquele que era designado por "Pai Natal" pelos seus jovens discípulos, a quem fornecia o dinheiro necessário para seguirem em direção à Síria.

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Zerkani, que negou sempre todas as acusações, adotou uma atitude de "manifesta denegação", prova da sua "ausência total de arrependimento", segundo a instância.

Na abertura do processo desta rede na primavera de 2015, perante um tribunal de Bruxelas, apenas 13 dos 39 suspeitos estiveram presentes, incluindo Zerkani, com os restantes 19 a serem considerados como ainda envolvidos na zona dos conflitos, ou já mortos.

Entre os ausentes figurava designadamente Chakib Akrouh, que integrou os comandos 'jihadistas' de 13 de novembro de 2015 em Paris, e que se fez explodir durante o assalto policial de Saint-Denis, na região parisiense, cinco dias depois, e ainda o belgo-marroquino Abdelhamid Abaaoud, presumível organizador dos atentados de Paris e morto na mesma ação policial.

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Zerkano, detido desde 2014, é ainda acusado de ter dirigido outra rede 'jihadista', e a seu pedido será julgado separadamente, e posteriormente, neste caso.

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