Polícia de Moçambique diz que evasão de mais de 1500 reclusos da cadeia de segurança máxima de Maputo foi “premeditada”
Candidato presidencial Venâncio Mondlane, que tem apelado aos protestos contra os resultados eleitorais, rejeitou as acusações de envolvimentos dos manifestantes
O comandante da Polícia de Moçambique disse esta quinta-feira que a evasão de mais de 1500 reclusos da cadeia de segurança máxima de Maputo, no dia de Natal, foi uma ação “premeditada” da responsabilidade dos manifestantes que têm criado o caos na capital moçambicana.
Segundo Bernardino Rafael, a evasão, durante a qual morreram 33 pessoas, resultou da “agitação” causada por “um grupo de manifestantes subversivos”, contradizendo a versão anterior, avançada pela ministra do Interior, de que a fuga tinha resultado de um motim na cadeia.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane, que tem apelado aos protestos contra os resultados eleitorais, rejeitou as acusações de envolvimentos dos manifestantes, afirmando que a evasão não passa de uma manobra das autoridades para desviar as atenções. “Foi tudo propositado. São técnicas de manipulação de massas (...) para que as pessoas parem de falar na fraude eleitoral. Querem desviar o nosso foco”, acusou.
Entretanto, a polícia encontrou esta quinta-feira 12 corpos num armazém de Maputo incendiado durante um saque, na véspera.
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