Polícia na pista de célula composta por 12 pessoas após atentado na Catalunha

Esta célula pode estar relacionadas com os ataques em Barcelona e em Cambrils.

19 de agosto de 2017 às 10:52
Atentado em Las Ramblas, no centro de Barcelona deixou rasto de sangue e horror Foto: Direitos Reservados
Audi A3 em que seguiam os terroristas que atacaram em Cambrils, a 110 km de Barcelona. Foram todos abatidos Foto: EPA

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A investigação dos dois atentados que fizeram 14 mortos na Catalunha está a avançar, com a descoberta de uma célula de 12 pessoas que passou precipitadamente à ação após o fracasso de um primeiro plano ainda mais mortífero.

Esta célula poderá ter estado envolvida nos ataques com viaturas que abalroaram a multidão de turistas e veraneantes em Barcelona e depois na estância balnear de Cambrils, mais a sul, explicou hoje o porta-voz da polícia regional catalã, Josep Lluís Trapero.

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Dessa dúzia de suspeitos, quatro foram detidos na quinta e na sexta-feira e um está em fuga, tendo a sua identidade e a respetiva fotografia sido publicadas: trata-se de Younès Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos.

Outros cinco foram abatidos a tiro na madrugada de sexta-feira em Cambrils, enquanto levavam a cabo o ataque.

Entre os atacantes mortos, estão três jovens marroquinos que viviam em Espanha desde a infância: Moussa Oukabir, Saïd Aallaa e Mohamed Hychami, com 17, 18 e 24 anos, respetivamente, e todos residentes em Ripoll, uma cidade de cerca de 10.000 habitantes próxima dos Pirenéus.

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Três outras pessoas também envolvidas estão identificadas, mas não foram detidas. Duas delas poderão ter morrido na explosão seguida de incêndio numa casa na quarta-feira em Alcanar, a 200 quilómetros a sul de Barcelona, onde o grupo tentava talvez fabricar engenhos explosivos.

"[Existem nessa casa] restos humanos de duas pessoas diferentes, estamos a tentar ver se se trata de duas das três pessoas envolvidas nos ataques. Falta-nos encontrar a terceira", disse o porta-voz da polícia catalã.

O condutor da carrinha que abalroou os peões nas Ramblas ainda não foi identificado pela polícia, acrescentou, desmentindo informações da imprensa que noticiou tratar-se de Moussa Oukabir.

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Às 16h50 locais (15h50 em Lisboa) de quinta-feira, uma carrinha branca atropelou dezenas de pessoas nas Ramblas, junto à Praça da Catalunha, no centro de Barcelona, fazendo 13 mortos e mais de 120 feridos. O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Algumas horas depois, um Audi A3 avançou sobre as pessoas que passeavam na marginal de Cambrils, matando uma e ferindo 15, antes de embater numa viatura dos Mossos d'Esquadra, a polícia catalã.

Seguiu-se um tiroteio durante o qual os cinco ocupantes do Audi, munidos de falsos coletes de explosivos, um machado e facas, foram mortos.

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Do total de 135 feridos, 17 encontram-se em estado crítico.

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