Polónia disposta a abater caças russos

O primeiro-ministro polaco declarou esta segunda-feira que o país está preparado para abater aeronaves russas, no caso de invasão do seu espaço aéreo. Donald Tusk admitiu que é uma medida que poderá levar a uma “fase mais aguda do conflito” e que tal decisão só seria tomada com o apoio da NATO.

A ideia foi reforçada pelo ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, no Conselho de Segurança da ONU. Radoslaw Sikorski garantiu que a Polónia não “se vai deixar intimidar”.

“Se um míssil ou avião russo entrar no nosso espaço sem autorização — deliberadamente ou por engano — e for atingido e os destroços caírem em território da NATO, não se venham para aqui queixar. Foram avisados”, alertou.

O Conselho de segurança da ONU esteve esta segunda-feira reunido depois da Estónia, um firme apoiante da Ucrânia, ter pedido uma reunião de emergência após três caças russos terem entrado na sexta-feira no espaço aéreo estónio.

“Estamos aqui hoje, porque este incidente preocupa não só a Estónia, mas toda a comunidade internacional. As ações imprudentes de Moscovo representam uma escalada desestabilizadora que aproxima toda a região de um conflito como nunca se viu nos últimos anos”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna.

Ainda no domingo, jatos de combate alemães e suecos foram acionados para intercetar um avião de reconhecimento russo que entrou no espaço aéreo internacional sobre o Mar Báltico.

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Kremlin nega incursões aéreas

O Kremlin considerou ontem “infundadas e inócuas” as acusações de violação do espaço aéreo da NATO por aviões russos, que será hoje discutida pelos Estados-membros da Aliança Atlântica numa reunião em Bruxelas, a pedido da Estónia.