Posição sobre Ucrânia não muda sentido de voto em França
Só o partido de Macron admite envio de tropas. Le Pen deixa aviso: apoio financeiro a Kiev depende do Governo, não do Presidente.
O último debate entre os principais candidatos às legislativas francesas de domingo não parece ter alterado as intenções de voto, com a extrema-direita na liderança das sondagens, mas permitiu clarificar posições sobre a Ucrânia, o tema central da discussão. Olivier Faure, secretário-geral do PS e candidato da Nova Frente Popular, estabeleceu os limites do apoio francês, não sem antes criticar Macron. “Quando o Presidente propôs o envio de tropas para a Ucrânia, o que fez foi dividir os europeus”, disse, acrescentando, contudo, que não se oporia ao fornecimento de mísseis de longo alcance a Kiev para atacar em solo russo. Gabriel Attal, primeiro-ministro e representante do Renascimento, partido de Macron, voltou a defender as posições do Presidente. “Putin não estabelece linhas vermelhas. Se começarmos por estabelecer linhas vermelhas para nós próprios, estamos a prestar um mau serviço à Ucrânia”, disse. Bardella também não quer tropas francesas na guerra. Está ao lado de Kiev, mas reafirmou que tudo fará para evitar uma escalada com a Rússia, “uma potência nuclear”. A declaração mais polémica surgiu, contudo, antes do debate, pela voz de Marine Le Pen. O dinheiro para apoiar a Ucrânia depende do Governo e não do Presidente.
Tem 28 anos, estudou Geografia, mas deixou os estudos para se dedicar à política. Aos 23 anos encabeçou a lista do RN.
Aos 34 anos trocou a pasta da Educação pelo cargo de primeiro-ministro e tornou-se o primeiro-ministro mais jovem de sempre de França.
Entrou cedo na política, aos 16 anos, quando se filiou ao Partido Socialista. Tem 55 anos, é formado em Direito e foi conselheiro de Hollande.
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