Presidente da Bielorrússia desvia avião e prende jornalista opositor do regime
Avião da Ryanair foi forçado a aterrar em Minsk sob falso pretexto para possibilitar a detenção do ativista Roman Protasevich.
Um avião da Ryanair foi este domingo forçado a aterrar em Minsk, na Bielorrússia, sob um falso pretexto para permitir a detenção do opositor Roman Protasevich, jornalista e crítico do presidente Alexander Lukashenko. A Lituânia, país de destino do avião e que dá guarida à líder da oposição bielorrussa no exílio, denunciou a atuação das autoridades bielorrussas como uma ameaça à aviação civil e exigiu uma reação imediata da UE e da NATO.
O avião, que partiu de Atenas, na Grécia, e tinha como destino Vilnius, na Lituânia, foi forçado a aterrar ao atravessar o espaço aéreo bielorrusso, com base numa alegada ameaça de bomba a bordo. A aeronave, que transportava 170 pessoas, foi escoltada por um caça MIG-29 e um helicóptero de combate até aterrar no aeroporto de Minsk, onde vários polícias subiram a bordo e detiveram Protasevich.
O governo lituano exigiu a libertação imediata do opositor e do avião, que só ao final da tarde deixou Minsk. A Alemanha pediu explicações ao regime de Lukashenko e a Polónia apelou à UE para impor sanções ao país. Já a líder opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, refugiada na Lituânia desde a vitória fraudulenta de Lukashenko nas presidenciais de agosto do ano passado, acusou o regime de colocar em risco a vida dos passageiros e apelou a uma forte reação internacional.
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