Presidente da República moçambicano lamenta morte de 13 pessoas em acidente no sul do país

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lamentou este sábado a morte de 13 pessoas em resultado de um acidente de viação na principal estrada moçambicana, pedindo aos automobilistas uma "condução defensiva".

"Lamentamos a perda das vidas destes 13 compatriotas", declarou o chefe de Estado moçambicano, durante o seu discurso nas cerimónias centrais de celebração do 47.º aniversário da independência do país na capital moçambicana (Maputo).

Em causa está o acidente de viação que tirou a vida de 13 pessoas e feriu outras seis na sexta-feira, no distrito da Manhiça, ao longo da principal estrada moçambicana (Estrada Nacional 1), segundo os dados mais atualizados avançados este sábado pelas autoridades.

O excesso de velocidade e uma ultrapassagem irregular estão entre as principais causas do acidente, que envolveu um furgão de transporte de passageiros e um camião, segundo a Polícia da República de Moçambique.

No seu discurso, o chefe de Estado pediu responsabilidade aos condutores moçambicanos.

"Lamentamos a irresponsabilidade de alguns automobilistas e exortamos a todos que pautem sempre pela condução defensiva", frisou o Presidente.

A EN1 tem sido palco de graves acidentes de viação, com várias mortes e quase sempre envolvendo transportes coletivos.

No mesmo local onde ocorreu o acidente de sexta-feira, 32 pessoas morreram há um ano quando dois camiões e um autocarro se envolveram numa ultrapassagem irregular.

Em novembro de 2021, outras 17 pessoas morreram no mesmo distrito, num acidente entre transportes coletivos.

No dia 22 de janeiro deste ano, 28 pessoas morreram na EN1 na província da Zambézia, centro de Moçambique, num acidente que envolveu um veículo de mercadorias e um ligeiro de transporte coletivo.

Os índices de sinistralidade rodoviária em Moçambique são classificados como dramáticos por várias organizações.

Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente nas estradas, segundo dados avançados à Lusa pela Associação Moçambicana Para as Vítimas de Insegurança Rodoviária (Amviro).