Primeiro-ministro chinês visita Singapura e participa em cimeira da ASEAN em Kuala Lumpur
Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês lamentou o atual contexto internacional, marcado por uma "situação complexa e em constante mudança".
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, visita Singapura e participa este fim de semana na cimeira da ASEAN (associação de nações do sudeste asiático), numa altura em que Pequim reforça a diplomacia regional face à guerra comercial com Washington.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun afirmou que a ASEAN "desempenhou um papel importante na promoção do diálogo e da cooperação entre todas as partes e na manutenção da estabilidade regional".
Guo lamentou o atual contexto internacional, marcado por uma "situação complexa e em constante mudança, crescimento económico mundial lento e crescente unilateralismo e protecionismo".
"Nesse cenário, os países da região têm maior desejo de estabilidade, cooperação e desenvolvimento, e a importância da cooperação regional ganhou nova relevância", acrescentou, sublinhando que a China "sempre deu prioridade à ASEAN na sua diplomacia de vizinhança".
Segundo o porta-voz, Pequim espera "colaborar com a ASEAN e com os países da região para gerar consensos, reforçar a confiança mútua, defender o verdadeiro multilateralismo e proteger o comércio livre e o sistema multilateral de comércio".
Antes da cimeira, Li Qiang fará uma visita oficial a Singapura. "A China e Singapura são vizinhos amigos e parceiros importantes", referiu Guo.
"Graças aos esforços conjuntos, as relações entre a China e Singapura têm-se desenvolvido de forma constante", afirmou, acrescentando que a visita servirá para "reforçar o alinhamento das estratégias de desenvolvimento, aprofundar a cooperação em vários domínios e fortalecer a comunicação e coordenação em assuntos internacionais e regionais".
Nos últimos meses, com o agravamento da guerra comercial com os Estados Unidos, os órgãos estatais chineses têm destacado a solidez das relações de Pequim com a ASEAN -- bloco que inclui Indonésia, Singapura, Malásia, Tailândia, Filipinas, Vietname, Laos, Camboja, Brunei e Myanmar (antiga Birmânia) -- e que se tornou o principal parceiro comercial da China.
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