Principal partido da oposição submete candidatura de Ossufo Momade às presidenciais

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, apresentou esta sexta-feira no Conselho Constitucional (CC) a candidatura de Ossufo Momade, líder daquela força política, às eleições presidenciais de 9 de outubro.

Geraldo Carvalho, mandatário da candidatura de Ossufo Momade, disse aos jornalistas que a Renamo se organizou para formalizar a inscrição de Ossufo Momade a tempo, para ter margem de correção de eventuais irregularidades.

"Estamos ao dispor do Conselho Constitucional para suprir eventuais irregularidades", afirmou Geraldo Carvalho.

A presidente do CC, Lúcia Ribeiro, afirmou que o órgão vai analisar a regularidade do processo de candidatura de Ossufo Momade, para permitir que o principal partido da oposição elimine eventuais falhas na documentação.

"Como sabem, depois da entrega de todas as candidaturas, nós vamos fazer a verificação da regularidade dos processos e os proponentes vão ser notificados de eventuais irregularidades", declarou Ribeiro.

A submissão de candidaturas às eleições gerais de 9 de outubro termina em 10 de junho.

Ossufo Momade já tinha concorrido a Presidente da República, com o apoio da Renamo, nas eleições de 2019, tendo ficado em segundo lugar, com 21,88%, numa votação que reelegeu Filipe Nyusi como chefe de Estado, com 73% dos votos.

No passado dia 17, Ossufo Momade foi reconduzido como presidente da Renamo, partido que lidera desde 2019, obtendo 57% dos votos no congresso que decorreu em Alto Molócue, província da Zambézia, garantindo assim novo mandato de cinco anos.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, ainda não apresentou no CC a candidatura do seu candidato, Daniel Tchapo.

Tchapo foi eleito candidato da Frelimo no dia 05 deste mês às presidenciais de 09 de outubro pelo Comité Central do partido no poder.

As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.

O atual Presidente da República e da Frelimo, Filipe Nyusi, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.