Prisão de Lula favorece Bolsonaro e Marina

Ex-presidente brasileiro caiu seis pontos nas intenções de voto desde que foi preso.

Lula da Silva Foto: EPA
Na ausência de Lula, Jair Bolsonaro lidera sondagens com 17% Foto: Direitos Reservados
Marina Silva está em segundo lugar com 15-16% das intenções de voto Foto: Direitos Reservados
Lula da Silva Foto: Sebastião Moreira/EPA

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A prisão do ex-presidente Lula da Silva, que lidera a corrida para as presidenciais de outubro, praticamente inviabilizou a sua candidatura e tornou favoritos a uma segunda volta o radical de direita Jair Bolsonaro e a ambientalista Marina Silva. A reviravolta foi avançada por sondagem eleitoral do Instituto Datafolha divulgada este domingo.

Num cenário ainda com todos na disputa, Lula, que na sondagem anterior tinha 37%, aparece agora com 31% das intenções de voto, contra 15% de Bolsonaro e 10% de Marina. Mas, sem Lula, Bolsonaro passa para 17% e Marina, a mais favorecida pela ausência do ex-presidente, salta para entre 15% e 16% e ambos iriam desta forma disputar a segunda volta.

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Quem também beneficiou com a provável ausência de Lula foi o seu ex-ministro Ciro Gomes, que subiu de 5% para 9%. Já os candidatos da esquerda radical Manuela d’Ávila e Guilherme Boulos, mesmo tendo ficado ao lado de Lula até este se entregar para cumprir a pena de 12 anos a que foi condenado por corrupção, não ganharam os eleitores dele, e aparecem, respetivamente, com 2% e 1%.

A sondagem mostra também que os possíveis candidatos do atual governo, o próprio presidente Michel Temer ou o seu ex-ministro das Finanças, Henrique Meirelles, não têm grandes probabilidades de serem eleitos, pois surgem com 2%, o primeiro, e o segundo com 1%.

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Já o eterno candidato Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, não passa dos 8%, numa disputa em que o ex-presidente do Supremo Tribunal, Joaquim Barbosa, pode ser a grande surpresa. Mesmo sem atividade política e sem ser muito conhecido, o juiz que liderou o processo do ‘Mensalão’, surge com 10% na sondagem e é um dos candidatos mais bem cotados junto do eleitorado.

Derradeiro recurso do ex-presidente julgado esta semana

Os advogados de Lula precisam desse julgamento para tentar, a seguir, impugnar a sua prisão, alegando que Lula foi preso antes de ter o último recurso julgado, o que seria ilegal.

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