Puigdemont tolerado como líder simbólico
Governo espanhol aceita eleição simbólica do ex-presidente catalão se não tiver impacto administrativo e económico.
O governo espanhol não vê inconveniente na nomeação do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont para um cargo simbólico à cabeça do novo governo catalão, mas só se tal nomeação não tiver "impacto administrativo nem económico a cargo do erário público", referiram fontes do executivo de Mariano Rajoy.
Para Madrid, a eventual investidura de Elsa Artadi, conselheira de Puigdemont, como presidente efetiva do governo é bem vista.
Mas a própria Artadi insistiu ontem que Puigdemont "é o único candidato do parlamento". Esta postura foi reforçada pelo Juntos pela Catalunha, formação de Puigdemont e Artadi, que entregou na Mesa do Parlamento catalão uma proposta de modificação da lei da presidência do governo regional para permitir a investidura à distância e, assim, viabilizar a tomada de posse de Puigdemont a partir de Bruxelas.
A proposta foi entregue sem apoio da ERC, pois o partido de Oriol Junqueras (atualmente detido) considera tal iniciativa votada ao fracasso, uma vez que será impugnada de imediato pelo Tribunal Constitucional, como tem advertido o governo espanhol.
A possível herdeira do poder na Catalunha
Elsa Artadi, de 41 anos, doutorou-se em Economia em Harvard (EUA) e lecionou em Milão entre 2006 e 2011, ano em que entrou no governo catalão como assessora económica.
Em 2017 foi eleita deputada.
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