Quatro pessoas já reclamaram o corpo e os bens de Charles Manson

Cadáver do assassino está a ser disputado em tribunal por dois familiares e dois outros homens.

14 de fevereiro de 2018 às 10:23
Charles Manson Foto: Reuters
Charles Manson Foto: Direitos Reservados
Assassino em série Charles Manson hospitalizado de urgência Foto: Direitos Reservados
Charles Manson Foto: Reuters
charles manson, assassino Foto: REUTERS/CDCR

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Já passaram cerca de três meses desde que Charles Manson, um dos assassinos em série mais famosos de sempre, morreu. O cadáver do criminoso permanece congelado em Kern County, na Califórnia, e até à data ainda não foi entregue a ninguém da família, juntamente com todos os seus bens e pertences.

O corpo do assassino, que esteve preso durante 46 anos por liderar uma seita responsável pela morte de sete pessoas, no verão de 1969, já foi reclamado por quatro pessoas: dois familiares e dois homens que insistem em estar na posse de testamentos válidos deixados por Manson, antes de morrer.

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Desta forma, o Tribunal Superior de Los Angeles decidiu não entregar os restos mortais do assassino a ninguém, sob pena de serem entregues à pessoa errada.

A decisão cabe agora às autoridades americanas que deverão anunciar a resolução do caso no início do próximo mês.

Jason Freeman, o neto de Manson, foi o primeiro a reivindicar o direito de receber o corpo e os bens daquele que afirma ser seu avô, apesar de só ter estabelecido contacto com este nos últimos anos.

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Há documentos legais que provam a consanguinidade entre os dois: Manson terá tido um filho, o pai de Freeman (entretanto falecido), em 1955, apesar de não o ter reconhecido. O jovem pretende cremar o avô e espalhar as suas cinzas numa cerimónia familiar. Quanto aos bens, garante que pretende doá-los.

Outro dos familiares que reclamam a herança é Michael Brunner, que afirma ser o seu único filho vivo. Nascido em 1968, o homem é fruto da relação entre o assassino e Mary Brunner, também ela uma seguidora da seita responsável pelo massacre em 1969.

De acordo com a imprensa internacional, Michael pretende também cremar os restos mortais do pai e espalhar as cinzas numa "cerimónia digna".

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Ainda assim, o caso não parece ter uma resolução fácil: logo após a morte do assassino, o coronel do condado de Kern recebeu dois testamentos que se contradizem. O primeiro nomeia Matthew Robert Lentz como um suposto filho desconhecido de Manson, e foi redigido em janeiro de 2017. O homem garante ter sido entregue para adoção quando ainda era criança, no entanto, um teste de ADN ao qual a CNN teve acesso não estabelece qualquer consanguinidade entre os dois.

Já o segundo foi entregue por Michael Channels, o vendedor de recordações de Charles Manson, que diz ser amigo do mesmo há cerca de 30 anos. O californinano diz ter recebido o documento em 2002, que ao contrário do anterior, está assinado por duas testemunhas. No entanto, uma das testemunhas é o próprio Channels, cuja assinatura está datada quatro dias antes da elaboração do documento.

Recorde-se que Charles Manson foi o autor de vários homicídios violentos em agosto de 1969, tendo ficado para sempre conhecido como um dos mais perigosos assassinos em série dos EUA. O criminoso, que morreu aos 83 anos, foi o responsável pelo tão mediático homicídio da atriz Sharon Tate, mulher do realizador Roman Polanski, na altura grávida e com 26 anos.

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