Raul Castro pede fim do embargo e saída de Guantánamo

Barack Obama diz que o embargo vai acabar mas não sabe quando.

21 de março de 2016 às 18:40
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O Presidente cubano, Raul Castro, defendeu esta segunda-feira que o fim do embargo económico norte-americano e o regresso de Guantánamo à soberania cubana são passos necessários para a normalização das relações entre Havana e Washington.

O líder cubano falava numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente norte-americano, Barack Obama, que está a realizar uma visita oficial a Cuba.

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"Existem profundas diferenças entre os nossos países que ainda se mantém", afirmou Castro, prometendo, no entanto, concentrar-se "naquelas coisas que aproximam" os dois Estados.

Na mesma intervenção, Castro saudou o apoio de Obama ao levantamento do embargo económico, decretado por Washington em 1962. Questionado por um jornalista americano pelo destino dos presos políticos em Cuba, Castro foi agressivo:  "Dá-me una lista de  presos políticos. Que presos políticos? Se os tivéssemos, libertá-los-íamos imediatamente esta noite".

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O "nuevo día" de Obama

O presidente americano começou a sua intervenção em espanhol, dizendo que os dois países estão a viver um "nuevo día". Barack Obama diz-se convicto de que o cerco económico à ilha caribenha vai acabar mas não se quis comprometer com datas: "o embargo vai acabar, só não sei quando", disse. Sobre Guantánamo, prisão famosa por receber prisoneiros de guerra capturados por americanos no Médio Oriente - e que Obama prometeu fechar quando chegou à casa Branca -  o presidente americano não se pronunciou.

Barack Obama anunciou a retoma dos voos comerciais entre os dois países, ao mesmo tempo que sublinhou as diferenças entre os dois países. "Os EUA e Cuba têm dois sistemas diferentes e décadas de diferenças profundas". E ressalvou que " os Estados Unidos não decidirão o destino de Cuba, mas sim os próprios cubanos". Obama garante ter mantido "conversas francas sobre direitos humanos", com Raul Castro. Sobre o futuro das relações entre os dois países, o líder presidente que está no último ano do seu mandato sublinha que "o caminho em que os EUA se empenharam com Cuba vai continuar para além desta administração".

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Durante a conferência de imprensa, Obama anunciou o restabelecimento de voos comercias sem limitações entre os dois países e mostrou-se esperançado no entendimento entre a comunidade cubana que vive em solo americano e a sua pátria de origem.

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