Removido mural de Banksy na fachada do Tribunal Superior de Londres
Polícia Metropolitana de Londres confirmou ter recebido uma denúncia por danos criminais relacionados com graffiti.
O mural do artista de rua britânico Banksy, que apareceu na segunda-feira na parede exterior do Tribunal Superior de Londres, foi removido esta quarta-feira, restando agora apenas uma sombra do original.
A obra retratava um juiz, de peruca e toga, a golpear com um martelo uma pessoa que segurava uma faixa manchada de sangue, o que foi interpretado como uma crítica à repressão da liberdade de expressão.
Alguns meios de comunicação interpretaram a obra como uma crítica às detenções de centenas de pessoas por apoiarem o grupo Ação Palestina, ilegal no Reino Unido, durante manifestações em Londres nas últimas semanas.
O mural, que se tornou viral nas redes sociais, apareceu numa das fachadas do Queen's Building, parte do complexo do Tribunal Superior na capital britânica.
Durante o dia desta quarta-feira, os trabalhadores foram vistos a limpar o graffiti atrás de uma vedação de proteção, enquanto os curiosos tiravam fotografias.
Banksy confirmou a autoria do mural na sua conta de Instagram, publicando imagens do desenho antes de ser tapado com plástico e barreiras pelas autoridades.
A Polícia Metropolitana de Londres confirmou ter recebido uma denúncia por danos criminais relacionados com graffiti e disse que ainda está a investigar.
Fontes judiciais indicaram que o mural ia ser removido porque o edifício, que alberga tribunais de alto nível no centro de Londres, está protegido devido à sua importância histórica.
O artista, cuja identidade permanece um mistério, é mundialmente reconhecido por usar a sua arte urbana para denunciar problemas sociais, políticos e ambientais em distintos lugares do mundo.
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