Reveladas mais fotografias do espólio de Jeffrey Epstein

Os deputados democratas da Comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgaram esta quinta-feira mais ficheiros de fotografias relacionadas com Jeffrey Epstein. 

As fotografias agora divulgadas, sem contexto, mostram entre outras, um passaporte ucraniano com a indicação de uma mulher, o filósofo Noam Chomsky num avião com Epstein e Bill Gates ao lado de uma mulher cujo rosto foi ocultado.

Numa outra imagem vê-se uma captura de ecrã de uma conversa na qual uma pessoa discute o envio de mulheres, incluindo nome, idade, altura e medidas, a troco de dinheiro.

Há ainda uma fotografia onde se vê o pé de uma mulher com uma inscrição junto do livro 'Lolita', o romance de Vladimir Nabokov sobre a obsessão sexual de um homem por uma menina de 12 anos. Há também outras imagens de corpos de mulheres com inscrições.

Numa outra vê-se uma planta de uma casa que se julga ser a mansão de Epstein nas Ilhas Virgens.

Nao se sabe quando ou onde as fotografias foram tiradas, nem os autores. No total são 68 fotografias relacionadas com o falecido predador sexual que morreu em 2019.

“Os democratas da Comissão de Supervisão vão continuar a divulgar fotografias e documentos do espólio de Epstein para garantir transparência ao povo americano”, disse o deputado Robert Garcia num comunicado.

“À medida que nos aproximamos do prazo final da Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, estas novas imagens levantam mais dúvidas sobre o que exatamente o Departamento de Justiça tem na sua posse. Devemos acabar com esse enconbrimento da Casa Branca, e o Departamento de Justiça deve divulgar já os arquivos de Epstein”, acrescentou.

Jeffrey Epstein era um bilionário conhecido por se associar a celebridades e políticos. Foi preso inicialmente em Palm Beach, Flórida, em 2005, após ser acusado de pagar a uma menina de 14 anos por sexo. Em 2008 declarou-se culpado de dois crimes de solicitação de prostituição e prostituição de menores. Cumpriu 13 meses de prisão.

A pressão pública aumentou a partir de 2018 com investigações jornalísticas e novas testemunhas. Em julho de 2019, foi novamente preso e em agosto do mesmo ano foi encontrado morto na cela.C