Rivais unidos no ataque a Bolsonaro e Haddad
Penúltimo debate ficou marcado por críticas ao radicalismo dos candidatos da extrema-direita e extrema-esquerda.
O penúltimo debate televisivo antes da primeira volta das presidenciais brasileiras, no domingo, ficou marcado por um cerrado ataque da maioria dos candidatos contra os dois grandes favoritos, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
O primeiro foi bombardeado com acusações de autoritarismo e o segundo com referências às denúncias de corrupção que pesam sobre o seu partido, o PT.
Henrique Meirelles, do MDB, afirmou que nenhum país democrático do Mundo tem na presidência alguém com a postura racista e sexista de Bolsonaro e Ciro Gomes, do PDT, acrescentou que o candidato de direita "semeia o ódio".
Geraldo Alckmin, do PSDB, criticou tanto o radicalismo de direita de Bolsonaro quanto o de esquerda, do PT de Haddad, enquanto Marina Silva, do Rede, lembrou que ainda há esperança, apelando ao chamado "voto útil" num candidato moderado.
Haddad defendeu-se contra atacando com denúncias que também pesam sobre os adversários. Já Bolsonaro, que teve alta no sábado após 23 dias internado, não compareceu por proibição médica, mas estuda ir ao último debate, depois de amanhã, na TV Globo.
Entretanto, a mais recente sondagem mostra que Bolsonaro e Haddad se distanciaram ainda mais dos restantes candidatos e têm agora, respetivamente, 28,2% e 25,2% das intenções de voto, contra 9,4% de Ciro Gomes, 7,3% de Geraldo Alckmin e 2,6% de Marina.
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