Rússia acusa a Sérvia de traição por fornecer armas à Ucrânia
Serviço de Informações Externas da Rússia alega que exportação de armas envolve intermediários da NATO, “principalmente a República Checa, a Polónia e a Bulgária”.
A Rússia acusou a Sérvia, na quinta-feira, de trair a aliança entre os dois países, por exportar armas para a Ucrânia.
“As empresas de defesa sérvias, contrariamente à 'neutralidade' declarada por Belgrado, continuam a fornecer munições a Kiev”, afirmou o Serviço de Informações Externas da Rússia (SVR), num comunicado, citado pela Associated Press.
No mesmo comunicado, o SVR alega que a exportação envolve intermediários da NATO, “principalmente a República Checa, a Polónia e a Bulgária”.
O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, disse ao canal de televisão RTS que discutiu recentemente o tema das exportações de armas para a Ucrânia com o presidente russo, Vladimir Putin, tendo os dois acordado que seriam formado um “grupo de trabalho” para acertar a forma como as armas fabricadas na Sérvia podiam chegar à frente ucraniana.
As exportações de armas da Sérvia para a Ucrânia são conhecidas desde 2023, não sendo claro por que razão Moscovo reagiu agora, indica a mesma fonte.
Em março, o governo sérvio negou ter exportado armas para a Ucrânia, depois de a Rússia ter exigido saber se tinham sido entregues milhares de foguetes para a luta contra a invasão russa.
Apesar de afirmar a sua intenção de aderir à União Europeia, o presidente sérvio tem mantido relações estreitas com Putin, estando presente no desfile do Dia da Vitória, a 9 de maio, que celebra a vitória da Segunda Guerra Mundial sobre a Alemanha nazi.
A Sérvia, que depende quase totalmente da Rússia para o seu abastecimento energético, recusou-se a aderir às sanções ocidentais impostas a Moscovo após a invasão em grande escala da Ucrânia e não apoiou a maioria das declarações da UE que condenam os ataques.
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