Rússia diz que guerra “será o fim da Ucrânia”
Conselheiro de Putin admite intervenção russa e diz que “não será um tiro na perna, mas na cara”.
Sete anos após a ocupação russa da Crimeia e o apoio militar de Moscovo aos separatistas pró-russos do Donbass, a Rússia e a Ucrânia parecem estar de novo à beira de um conflito armado, com Moscovo a acumular tanques e tropas na fronteira e a avisar que um eventual conflito “será o fim” do país vizinho.
Após um período de relativa acalmia no ano passado, o conflito no Leste da Ucrânia reacendeu-se, com ambos os lados a acusarem-se pelo reinício das hostilidades. O governo de Kiev diz que os separatistas apoiados por Moscovo mataram pelo menos 26 soldados governamentais desde janeiro, mais de metade do número total de baixas sofridas no ano anterior.
O reacender das hostilidades levou a Rússia a acusar a Ucrânia de “provocações constantes” e a concentrar milhares de tropas junto à fronteira. Esta quinta-feira, Dmitry Kozak, vice-chefe da Administração Presidencial russa, admitiu que Moscovo poderá ter de intervir militarmente na Ucrânia para defender a sua população, referindo-se à maioria pró-russa do Donbass. “Uma escalada seria o princípio do fim da Ucrânia. Não seria um tiro na perna, mas na cara”, ameaçou.
A UE está a acompanhar a situação com apreensão e os EUA alertaram que a Rússia já tem mais tropas concentradas na fronteira do que durante o conflito de 2014. O presidente Joe Biden garantiu “apoio inabalável” a Kiev e enviou dois navios de guerra para o mar Negro, num aviso a Putin. n *com agências
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