Russos detidos em Angola pretendiam pôr no poder um Presidente pró-Rússia
Acusação, datada de 26 de novembro, refere que detidos cometeram os crimes de espionagem, organização terrorista e financiamento ao terrorismo, entre outros.
Os cidadãos russos detidos em Luanda pretendiam supostamente derrubar o atual regime e "provocar alternância política, conduzindo o partido UNITA ao poder" ou forçar a mudança "dentro da liderança do partido MPLA", indica a acusação do Ministério Público (MP) angolano.
Segundo a acusação, datada de 26 de novembro e a que a Lusa teve esta quarta-feira acesso, Igor Rotchin Mihailovich, de 38 anos, e Lev Matveevich Lakshtanov, de 64 anos, e os angolanos Amor Carlos Tomé, jornalista, de 38 anos, e Oliveira Francisco, dirigente político da UNITA, maior partido da oposição angolana, de 32 anos, detidos a 07 de agosto deste ano, cometeram os crimes de espionagem, organização terrorista e financiamento ao terrorismo, de instigação pública ao crime, de terrorismo, de corrupção ativa de funcionário e de introdução ilícita de moeda estrangeira no país.
Na acusação, o MP indica que, após a morte de Yevgeny Prigozhin, em agosto de 2023, os ativos africanos do Grupo Wagner foram assumidos pela Africa Org, estrutura paramilitar que mantém presença no continente através da Africa Politology e no país lusófono pela Angola Politology, com um projeto denominado "Ciência Política de Angola", liderado pelo arguido Igor Mihailovich, chefe da direção no país.
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