Sarkozy condenado em França por subornar juiz
Juíza condena ex-presidente francês a três anos de cadeia, dois dos quais com pena suspensa.
O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy foi ontem condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influências. O tribunal considerou provado que subornou um magistrado em troca de informações sobre um processo judicial em que era alvo.
“Sarkozy aproveitou-se do seu estatuto e das relações que desenvolveu [quando era presidente]”, considerou a juíza Christine, que presidiu ao julgamento e não teve dúvidas em condenar o ex-chefe de Estado a três anos de cadeia, dois dos quais com pena suspensa. Na prática, Sarkozy teria de cumprir um ano de prisão efetiva, mas a pena poderá ainda ser substituída por detenção domiciliária com pulseira eletrónica durante o mesmo período. Sarkozy, de 66 anos, já disse que vai recorrer.
O caso remonta a 2013, quando o ex-presidente e o seu advogado, Thierry Herzog, foram apanhados em escutas telefónicas a oferecer um prestigiado cargo no Mónaco ao juiz Gilbert Azimet em troca de informações sobre um processo em que Sarkozy é acusado de aceitar pagamentos ilegais da herdeira do império dos cosméticos, Liliane Bettencourt, entretanto falecida, para a sua campanha eleitoral de 2007.
Além deste caso, Sarkozy enfrenta ainda outras duas investigações, uma relacionada com o financiamento da campanha de 2012 e outra com alegadas doações do antigo ditador líbio Muammar Kadhafi para a campanha de 2007.
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