SEITA DA ROUPA BRANCA SOB APERTADA VIGILÂNCIA
As autoridades japonesas estão a manter sob apertada vigilância mais uma misteriosa seita que acredita que o Mundo vai acabar no próximo dia 15. O culto, que se autodenomina “Pana Wave Laboratory”, viaja numa caravana de veículos pelo Japão e é já conhecido como “A Seita da Roupa Branca”, uma vez que todos os seus membros se vestem rigorosamente de branco, com batas, máscaras e toucas cirúrgicas, para se protegerem – imagine-se... – das ondas electromagnéticas que, afirmam, fizeram adoecer a sua líder.
A seita, que tem as suas raízes num grupo religioso fundado há cerca de 30 anos, fez saber que a 15 deste mês o Mundo vai acabar, devastado por desastres naturais, como ondas gigantes e sismos, causados precisamente pela inversão dos pólos magnéticos. Um derradeiro e violento terramoto será o fim de tudo e de todos, à excepção dos seguidores da seita e de todos aqueles que pagarem 7500 euros para se refugiarem nos “bunkers” que eles próprios construíram e que têm capacidade para resistir ao sismo.
LÍDER NA 'MIRA' DE COMUNISTAS
A líder da seita, Yuko Chino, de 69 anos, está gravemente doente e falou ontem a uma estação televisiva nipónica para anunciar que vai morrer dentro de quatro ou cinco dias.
A mulher, que sofre de cancro terminal, atribui a doença a guerrilhas comunistas que a querem matar com armas de ondas electromagnéticas, semelhantes às utilizadas pela ex-União Soviética para as ‘lavagens ao cérebro’. Mas a morte de Chino pode representar, também, no ‘fim’ da Humanidade. De facto, o ano passado, o grupo afirmou que se a líder morresse, eles iriam “exterminar a Humanidade de uma só vez”.
A seita captou a atenção das autoridades na semana passada ao bloquear uma estrada. Depois de um cerco policial, o grupo acabou por seguir caminho e, desde então, está a ser vigiada pela Polícia 24 horas por dia.
CULTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA
A Polícia compara a ‘A Seita da Roupa Branca’ a uma outra também nipónica, ‘A Verdade Suprema’, que ficou tristemente célebre em 1995, ao atacar com gás sarin o Metro de Tóquio, causando a morte a 12 pessoas e ferindo mais de cinco mil outras. Mas outras seitas apocalípticas marcaram tragicamente a História mais recente. É o caso da ‘Ordem do Templo Solar’, sediada na Suíça, a qual acreditava que, com o aproximar do fim do mundo, uma “elite” de iniciados tinha de deixar o corpo para preservar o espírito da Humanidade. Um dos seus líderes foi acusado (e ilibado) de organizar “suicídios colectivos”, nos anos 90, que ocorreram na Europa e no Canadá. Já nos EUA, David Koresh, que pensava ser o Messias, arrastou para a morte 87 dos seus seguidores, num incêndio em Waco, após um cerco do FBI.
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