Separatistas catalães contra Puigdemont

Dirigentes independentistas e ex-conselheiro do governo destituído acatam Constituição.

12 de janeiro de 2018 às 08:50
Jordí Sánchez (à esquerda) e Jordí Cuixart admitem agora que o referendo que ajudaram a organizar foi “ilegal” Foto: EPA
Puigdemont quer a presidência Foto: Reuters
Puigdemont defende que o Artigo 155 fracassou e que é preciso respeitar a vontade dos catalães Foto: EPA
Puigdemont, presidente deposto da Catalunha Foto: Reuters

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Três dos principais protagonistas do processo separatista da Catalunha renunciaram esta quinta-feira à via unilateral para alcançar a independência e prometeram acatar a Constituição espanhola, num recuo em toda a linha perante aquilo que defenderam nos últimos meses.

Ouvidos pelo juiz Pablo Llarena, do Supremo Tribunal espanhol, Joaquin Forn (ex-conselheiro do Interior da Generalitat), Jordí Sánchez (presidente da Associação Nacional Catalã) e Jordí Cuixart (Ómnium Cultural), todos eles em prisão preventiva há mais de dois meses, foram unânimes em rejeitar taxativamente a via unilateral.

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Forn e Sánchez, que foram eleitos nas listas do Juntos Pela Catalunha, mostraram vontade de ocupar o seu lugar no Parlamento, mas garantiram ambos que renunciarão ao mandato se Carles Puigdemont insistir na independência unilateral.

Sánchez disse mesmo que "esta não é a forma de alcançar a independência", enquanto Forn defende agora que a mesma deve ser obtida "de forma constitucional e dentro da lei".

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Já Cuixart frisou perante o juiz que "o único referendo válido será aquele que for convocado pelo governo de Espanha" e que a votação de 1 de outubro foi "simbólica".

PORMENORES 

Forcadell de fora

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A presidente do anterior Parlamento catalão, Carme Forcadell, rejeitou recandidatar-se ao cargo, dizendo que o hemiciclo deve ser liderado por alguém "livre de acusações judiciais". Forcadell, recorde-se, aguarda julgamento por rebelião, sedição e desvio de fundos.

Investidura "é presencial"

O governo espanhol avisou que a investidura do presidente do governo catalão é "presencial e indelegável", e ameaçou recorrer aos tribunais para travar a intenção de Carles Puigdemont de tomar posse por videoconferência a partir de Bruxelas.

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