Setor da IA terá concorrência com 'data centers' para inferência, diz CEO da Qualcomm

Cristiano Amon discurava na Web Summit.

11 de novembro de 2025 às 23:52
Web Summit Foto: Vítor Chi
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O presidente executivo (CEO) da Qualcomm, Cristiano Amon, acredita que é este o momento em que o setor da inteligência artificial (IA) terá concorrência com os centros de processamento de dados para inferência.

Com os "centros de processamento de dados, de inteligência artificial para inferência, é o momento em que o setor terá concorrência" e é necessário "ser-se eficiente" na quantidade que se pode "processar, bem como no custo e no consumo de energia", disse Cristiano Amon, em declarações aos jornalistas.

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"Todo o investimento que foi feito até agora foi principalmente em tecnologias de treino para criar os modelos, mas agora estamos a assistir à construção de centros de processamento de dados de inteligência artificial", afirmou o responsável da empresa norte-americana.

Amon falou ainda sobre a necessidade melhorar a eficiência energética dos processadores e referiu que a Quadcomm tem a vantagem de ter histórico no setor de 'chips' para telemóveis.

"A Qualcomm tem uma vantagem, já que viemos de processadores que estão acostumados a trabalhar com baterias, com baixo consumo de energia, criando uma solução muito competitiva para o processamento de IA na 'cloud'", referiu o CEO.

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Amon acredita que a empresa tem uma "tecnologia muito inovadora dedicada à inferência" [processo de deduzir uma conclusão a partir de premissas aceites como verdadeiras], tendo em consideração que o seu foco não está no GPU (unidade de processamento gráfico), mas numa "arquitetura pós-GPU para inferência".

A empresa está também a investir no setor automóvel tendo fechado este ano um acordo com a BMW para desenvolver um sistema de condução autónoma e agora o CEO admite já estar a trabalhar com várias empresas do setor.

"Estamos a trabalhar agora com praticamente todas as empresas automóveis com o chassi digital Snapdragon".

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Amon afirma que "o carro agora é uma superfície de computação" e acredita num "grande potencial para aplicações de IA generativa.

Nesta edição da Web Summit, que decorre até 13 de novembro, são esperados mais de 70.000 participantes e acima de 2.500 'startups' a exibir os seus produtos e serviços e mais de 1.000 investidores.

A Web Summit começou em Lisboa em 2016 e a sua realização está garantida até 2028.

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