Suborno a atriz porno ensombra posse de Trump
Sentença marcada para 10 de janeiro, dez dias antes de republicano assumir Presidência.
Donald Trump deverá conhecer a 10 de janeiro a sentença do caso que envolve o pagamento de cerca de 126 mil euros à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels pela ocultação de uma relação entre os dois. Uma decisão do juiz Juan Merchan que o republicano considera de “ataque político ilegítimo”.
“Este ataque político ilegítimo não é mais do que uma farsa manipulada. O juiz ‘interino’ Merchan, que é um partidário radical, acaba de emitir outra ordem que é deliberadamente ilegal, vai contra a nossa Constituição e, se for permitido que se mantenha, será o fim da Presidência tal como a conhecemos”, escreveu Trump na rede social Truth Social.
Em maio do ano passado, Donald Trump foi declarado culpado de 34 crimes de falsificação de registos financeiros das suas empresas, para encobrir o pagamento a Stormy Daniels, para que esta não revelasse o caso extraconjugal dias antes das eleições presidenciais de 2016.
A sentença ficou marcada para 11 de julho mas foi sucessivamente adiada a pedido da defesa. Recentemente, os advogados pediram o arquivamento do caso por alegada incompatibilidade do seu estatuto de imunidade enquanto Presidente eleito.
O juiz já disse que não pretende sentenciar Trump a qualquer pena de prisão ou multa, uma vez que considera que “a solução mais viável”, tendo em conta a eleição de Trump, é a de uma “dispensa incondicional”, que permite a um réu não cumprir qualquer pena, mas ficar ainda assim com a condenação no seu registo criminal.
PORMENORES
Prisão
Donald Trump arriscava até quatro anos de prisão por cada um dos 34 crimes de falsificação, mas tendo em conta a sua idade, 78 anos, e o facto de não ter antecedentes criminais, está afastada a hipótese de uma pena de prisão efetiva.
Inédito
O caso Stormy Daniels é inédito na história norte-americana, tornando Donald Trump no primeiro ex-Presidente do país a ser condenado por crimes. Trump diz ser inocente e considerou o julgamento uma “vergonha”.
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