Taiwan envia barcos de patrulha para conter incursões chinesas
Ministro dos Negócios Estrangeiros da China criticou a venda recorde de armamento dos Estados Unidos a Taiwan.
Taiwan enviou, esta terça-feira, mais de uma dezena de barcos de patrulha para as águas em torno da ilha, visando monitorizar e repelir navios da Guarda Costeira chinesa, no âmbito dos exercícios militares lançados por Pequim.
Num comunicado, a autoridade marítima indicou que desde a manhã de segunda-feira detetou 14 embarcações da Guarda Costeira da China a "assediarem" zonas próximas das águas restritas das ilhas periféricas de Matsu, Kinmen, Wuqiu e Dongsha.
"A Guarda Costeira respondeu de forma imediata, destacando 14 barcos de patrulha para as respetivas áreas marítimas, numa vigilância paralela e individualizada, expulsando com firmeza as embarcações chinesas", referiu o organismo.
Taiwan denuncia disparos com munição real no segundo dia de manobras da China
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan confirmou que o Exército chinês realizou, esta terça-feira, disparos com munição real ao largo da costa norte da ilha, no âmbito das manobras militares lançadas por Pequim na véspera.
Segundo um comunicado oficial, os disparos começaram às 09h00 (01h00, em Lisboa), a partir da província de Fujian, no sudeste da China continental.
As unidades de artilharia de longo alcance do Exército de Libertação Popular (ELP) dispararam em direção a uma área marítima próxima da linha das 24 milhas náuticas (44,4 quilómetros) ao largo de Taiwan.
MNE chinês critica venda de armas dos EUA a Taiwan no segundo dia de exercícios
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China criticou, esta terça-feira, a venda recorde de armamento dos Estados Unidos a Taiwan, no segundo dia de exercícios militares chinesas em torno da ilha.
Wang Yi, o mais alto responsável chinês a comentar até agora o novo pacote militar, condenou também as "forças pró-independência em Taiwan" e criticou a liderança japonesa, durante um evento diplomático de fim de ano, em Pequim.
"Face às provocações contínuas das forças pró-independência de Taiwan e à venda de armamento em larga escala por parte dos EUA, devemos opor-nos com determinação e responder com firmeza", afirmou Wang, num balanço da política externa chinesa ao longo de 2025.
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