Terramoto no Afeganistão é teste para o regime talibã
Falta de comunicações e difíceis acessos prejudicam equipas de emergência.
A operação de resgate às vítima do sismo no Afeganistão constitui um teste para os talibãs que tomaram o poder em agosto do ano passado após a saída das forças internacionais, lideradas pelos EUA.
O sismo, de magnitude 6.1, com epicentro a cerca de 160 km de Cabul, provocou mais de mil mortos e 1500 feridos, atingindo sobretudo aldeias remotas nas montanhas cujo socorro está a ser dificultado pela falta de comunicações e difíceis acessos.
Esta quinta-feira de manhã foram resgatadas cerca de 1000 pessoas, mas o desespero é tal que os afegãos estão a vasculhar os escombros com a mãos à procura de sobreviventes. O Governo anunciou uma ajuda de 10 milhões de euros, mas a verba é insuficiente tendo em conta a crise humanitária que se instalou no país. A economia entrou praticamente em colapso e a seca prejudicou a produção de alimentos. A situação é tal que o secretário-geral da ONU, António Guterres, já alertou para o facto de algumas famílias estarem a vender crianças e órgãos para sobreviver.
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