Terrorista italiano que fugiu do Brasil detido na Bolívia

Cesare Battisti viveu no Brasil sob a proteção do ex-presidente Lula da Silva, que recusou extraditá-lo para Itália.

14 de janeiro de 2019 às 09:20
Battisti foi preso pela Interpol em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia Foto: Reuters
Battisti foi preso pela Interpol em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia Foto: EPA
Battisti foi preso pela Interpol em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia Foto: Reuters

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O terrorista italiano Cesare Battisti, que durante anos viveu no Brasil sob a proteção do ex-presidente Lula da Silva, foi detido pela Interpol na Bolívia. Tinha fugido do Brasil no mês passado, após o presidente Jair Bolsonaro prometer entregá-lo à Justiça italiana.

Battisti, de 64 anos, foi condenado a prisão perpétua no final dos anos 70 em Itália por quatro homicídios atribuídos ao grupo terrorista de extrema-esquerda Proletariados Armados Pelo Comunismo (PAC), mas fugiu da cadeia em 1981. Após vários anos em fuga, fixou-se no Brasil, onde o ex-presidente Lula lhe atribuiu o estatuto de refugiado, impedindo assim a sua extradição para Itália. Casou com uma brasileira e tornou-se escritor de romances policiais.

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No entanto, tudo mudou em dezembro. O Supremo Tribunal do Brasil revogou-lhe o estatuto de refugiado e Bolsonaro prometeu entregá-lo a Itália assim que tomasse posse. Temendo ser detido a qualquer momento, Battisti fugiu do país e o seu paradeiro era desconhecido até ter sido detido este domingo em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Estava disfarçado com óculos escuros e uma barba falsa.

Eduardo Bolsonaro, filho do novo PR brasileiro, confirmou a detenção e garantiu através do Twitter ao ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, que "o presentinho está a caminho". "O Brasil deixou de ser terra de criminosos", frisou.

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