Brasil: tesoureiro do PT ligado a desvios

Arrependidos acusam João Neto de ser o principal operador do esquema.

06 de fevereiro de 2015 às 10:47
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O tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, foi detido ontem em casa, em São Paulo, por suspeita de envolvimento nos desvios na Petrobras, a petrolífera estatal brasileira. A Polícia Federal revistou a casa do tesoureiro do partido da presidente Dilma Rousseff e levou-o para a sede da corporação, onde depôs durante várias horas, após o que foi libertado.

Vaccari foi acusado por vários arguidos no processo que apura o desvio de milhares de milhões de euros da Petrobras. De acordo com esses arguidos, que fizeram acordos com a Justiça em troca de penas menores, ele seria o principal operador do esquema de corrupção descoberto em março do ano passado e que já levou para a cadeia dezenas de executivos da petrolífera e de grandes empresas que sobrefaturavam contratos de serviços e de obras para permitirem a fraude.

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Carlos Fernando dos Santos Lima, o procurador encarregado da investigação, disse ter "informações a respeito de doações que ele [Vaccari] solicitou, legais ou ilegais, envolvendo empresas com contratos com a Petrobras".

Além do mandado contra Vaccari, 200 agentes da Polícia Federal cumpriram ontem outros 17 de condução coercitiva (quando o suspeito, como no caso do tesoureiro do PT, é levado à força para depor), um de prisão preventiva, três de prisão temporária e 40 de busca e apreensão, nos estados de S. Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Todas as pessoas e as 26 empresas alvo desses mandados estão ligadas ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso em janeiro mas libertado graças a um ‘habeas corpus’.

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