Trump acusa a China de enganar os EUA
Presidente dos EUA denuncia agressões económicas e promete “não fechar mais os olhos”.
Um dia depois de cortejar a China com elogios, o presidente dos EUA, Donald Trump, mudou ontem radicalmente de tom. Em discurso na cimeira da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), em Da Nang, Vietname, Trump denunciou "as violações, os enganos e as agressões económicas" praticadas pelas economias asiáticas, com destaque para a maior de todas elas, a chinesa.
"Não continuaremos a tolerar estes abusos comerciais", disse Trump, prometendo "não fechar mais os olhos". No auditório estava o presidente chinês, Xi Jinping, principal visado pelas acusações. O tom de Trump causou grande surpresa especialmente porque, na véspera, em Pequim, Trump chamou a Jinping "um homem muito especial" e elogiou as práticas protecionistas da China.
O líder chinês discursou pouco depois de Trump e recolheu fortes aplausos. Apresentou-se como defensor da globalização e da abertura económica e enviou críticas indiretas ao presidente norte-americano quando sublinhou o empenho da China na proteção do clima, enquanto Trump se retirou do Acordo de Paris, transformando os EUA no único país do mundo que recusa combater o aquecimento global.
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