Trump insiste nas tarifas perante queda dos mercados globais
"Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito há décadas", escreveu o presidente norte-americano na rede social Truth Social.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu esta segunda-feira a sua decisão de impor tarifas, enquanto os mercados globais continuam a cair e os receios de uma recessão aumentam, após o anúncio na semana passada.
"Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito há décadas", escreveu esta segunda-feira o governante norte-americano, na sua rede social Truth Social.
"Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! (...) Sejam fortes, corajosos e pacientes, e a grandeza será o resultado", referiu ainda.
O Presidente republicano tem insistido que as tarifas são necessárias para reequilibrar o comércio global e reconstruir a produção nacional.
Na mensagem, acusou outros países de "se aproveitarem dos bons e velhos Estados Unidos" no comércio internacional e responsabilizou os "'líderes' do passado por permitirem isso".
Trump apontou a China como "o maior abusador de todos" e criticou Pequim por ter aumentado as suas próprias tarifas em retaliação.
O Presidente também apelou à Reserva Federal para baixar as taxas de juro.
Na sexta-feira, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, alertou para o facto de as tarifas poderem aumentar a inflação e comentou que "há muita espera e muita observação", incluindo do organismo que lidera, antes de serem tomadas quaisquer decisões.
A bordo do avião presidencial, Air Force One, no domingo, Trump disse que não recuaria nas tarifas, apesar da turbulência nos mercados globais.
"Às vezes, é preciso tomar um medicamento para curarmos alguma coisa", disse Trump.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta segunda-feira que a União Europeia ofereceu aos Estados Unidos uma isenção total e recíproca dos direitos aduaneiros sobre os produtos industriais, mas também comentou que o bloco europeu vai focar-se em negociar com outros países além dos Estados Unidos, referindo que há "vastas oportunidades" noutros locais.
Já Shigeru Ishiba, primeiro-ministro do Japão, a quarta maior economia do mundo, afirmou ter acordado por telefone com Donald Trump a continuação das discussões sobre os direitos aduaneiros.
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