Trump pede unidade com os democratas
Presidente prometeu cedências mas a troco de apoio para a construção do muro no México e para a redução de entrada de imigrantes.
Donald Trump fez na noite de terça-feira o seu primeiro discurso do Estado da União, tendo centrado atenções na conciliação com a oposição democrata após um ano de a tensão. Mas o apelo à unidade foi temperado com a insistência em opções polémicas, como construir um muro na fronteira com o México e restringir a entrada de imigrantes, sobretudo de países islâmicos.
Trump estendeu a mão aos democratas prometendo "um acordo justo" para solucionar a questão dos ‘Dreamers’, ilegais que entraram nos EUA quando eram menores. Mas esse acordo implica cedências democratas, nomeadamente para aprovar o financiamento do muro.
Trump reivindicou o mérito pela recuperação económica dos EUA e frisou que "este é o novo momento da América".
O presidente anunciou ainda que manterá aberta a prisão de Guantánamo, em Cuba, que Barack Obama tentou fechar, e em matéria de política internacional evitou referir a investigação de que é alvo por conluio com a Rússia. Em vez disso, centrou-se na ameaça "do regime depravado" da Coreia do Norte, alertando que "a busca por mísseis nucleares pode em breve ameaçar os EUA".
Os democratas reagiram ao discurso considerando vazias as ofertas de conciliação da parte de um presidente que tanto fez para dividir o país no primeiro ano de mandato.
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