Trump quer famílias de migrantes unidas

Presidente dos EUA assegura que vai acabar com separação dos pais e dos filhos de migrantes clandestinos.

21 de junho de 2018 às 01:30
2018-06-21_00_21.04 EUA3.jpg Foto: Reuters/Mike Blake
2018-06-21_00_21.05 EUA4.jpg Foto: EPA/Handout

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Horas depois de defender a política de ‘tolerância zero’ com os imigrantes ilegais, que no último mês separou mais de 2300 crianças e bebés dos pais, o presidente dos EUA, Donald Trump, recuou e prometeu ontem "manter as famílias unidas".

"Vou assinar em breve uma coisa que fará isso mesmo", anunciou Trump, referindo-se a uma ordem executiva que obrigará as autoridades a deter no mesmo local as famílias de ilegais que entrem nos EUA. "Queremos segurança para o nosso país", afirmou Trump, garantindo: "Vamos conseguir isso e, ao mesmo tempo, vamos ter compaixão".

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A mudança de Trump surge após um coro de críticas internacionais causado pela divulgação de imagens de um campo onde crianças separadas, à força, dos pais são fechadas em gaiolas e vigiadas por guardas armados. De acordo com fontes da Casa Branca, a mulher do presidente, Melania, e a filha, Ivanka, terão contribuído para o recuo do presidente.

O Congresso dos EUA vota esta quinta-feira dois projetos de lei que visam resolver a questão das seperações, mas não é certo que os projetos tenham apoio suficiente entre a maioria republicana das duas Câmaras. Outra questão que os projetos visam resolver é a situação dos ‘dreamers’, migrantes ilegais que entraram nos EUA quando eram menores.

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"Como consegue dormir?" e "Não ouve os bebés a chorar?" perguntaram os ativistas à mulher, que um dia antes defendeu os abrigos de refugiados onde crianças são separadas dos pais. "Vou fazer tudo para manter as fronteiras seguras e as famílias unidas", escreveu depois Nielsen no Twitter.

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O Papa Francisco condenou os EUA por separarem as famílias de migrantes, considerando que "o populismo não é a solução" para o problema da imigração ilegal. O Papa disse ainda apoiar os bispos dos EUA que consideram a política de Trump "contrária aos valores católicos".

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